Thursday, December 23, 2010

Guia Rio-Botequim a partir de 2011 no mundo virtual

Foi realizado na última terça-feira, o lançamento do guia Rio Botequim 2011, de Guilherme Studart, no Espaço Franklin, no Centro.
Editado pela Casa da Palavra, a publicação chega à sua 9ª edição apresentando os bares que se destacaram em várias cidades do estado.
O destaque da noite ficou por conta do anúncio de que, a partir de 2011, o Rio Botequim entrará para o mundo virtual, onde será possível acessar atualizações periódicas, interatividade e aplicativos que facilitarão a vida dos boêmios.

Wednesday, November 10, 2010

Do botequim ao Valqueire

Não que ela não gostasse de comer bem. Muito pelo contrario.
Aos domingos, quando não se reunia com a família na churrasqueira ao lado da piscina costumava ir com as crianças a churrascaria do Valqueire comer uma fraldinha, degustar uma banana caramelada, enquanto o maridão se entupia de chopp regado a anéis de cebola, e a garotada se fartava na batata-frita com catchup.
Tinha ido a "Churrascaria da Lili" pela primeira vez ainda noiva do Ricardo, para assistir a apresentação da banda-cover de um ex-namorado.
Entre seus programas gastronômicos preferidos inclua-se também uma passada pelo trailer do Irajá quando em visita a sogra. A mulher do quiosque, conhecida de infância do marido fazia uma feijoada de camarão de dar água na boca. Quando não era a feijoada era uma sopa de ervilha com bacon, que repetia com gosto para não chegar em casa e ter de se preocupar com o fogão.
Até que um dia ouviu falar, pela amigas do trabalho na "radio corredor", do buchicho da Lapa.
Tomada de uma juvenil vontade queria levar o marido para recordarem os tempos de embalo da turma do IAPC.
Mas como a night do Centro só começa a ferver lá pela madrugada tinha que achar um dia em que a irmã estivesse de namorado novo para dormir na sua casa com as crianças.
A coitadinha da moça, solteirona com seus trinta e poucos anos só achava de se engraçar para uns pé-rapados que não tinham grana nem para o motel, e viviam de se aproveitar dos seus dias de babá, desfrutando de uma noite de luxúria no sofá da sala.
Naquele dia chegar até a Lapa não foi fácil.
Carro enguiçado na Avenida Brasil, blitz da PM, e guerra de facções na comunidade ao lado de onde morava... Mas tinha combinado com as meninas há algum tempo e não podia faltar.
Sorte que o marido Ricardo, soldado da guarnição do 5º Batalhão, que tinha um pé na milícia e uns trocados para aliviar na blitz, estava de folga no bico de segurança que fazia na transportadora do cunhado rico.
Para as amigas do trabalho, todas descoladas boazudas da Zona Sul, a Lapa era café pequeno.
Moradoras, umas da Barra, outras de Ipanema estavam acostumadas a agitação do São Nunca, e aos papos regados a vinho e focaccia do Tizziano, lugares a que eram levadas pelos sarados pit-bulls da academia.
Mas para ela, que mal sabia distinguir a diferença entre Barra e Recreio pouco diferença fazia o lugar, o que importava mesmo era a companhia do Ricardo, imponente príncipe negro por quem era perdidamente apaixonada.
Na mesa era a única casada. As outras todas exímias pegadoras de fim de semana, loucas para encontrar um namorado rico.
Afinal, se no tele-markenting todos gostavam dela não era pela semelhança social, mas sim pelo seu ar simpático, pelo seu modo fashion de se vestir e ser, por sua imensa capacidade de virar o jogo, uma mulher de fé, pronta a fazer de um limão uma limonada.
Depois dos beijinhos de praxe, acostumada a ir ao "Bacalhau da Ilha" nas suas comemorações de casamento foi logo pedindo uma porção dos bolinhos, ao que o garçom respondeu "Pataniscas?".
As amigas explicaram a diferença do nome besta e aconselharam-na a pedir o tal do "Escondidinho".
O lugar servia um a base do fedido peixe com purê de batata baroa que era uma verdadeira delícia.
De novo o estranhamento uma vez que além da batata inglesa do mercadinho onde fazia as compras só tinha conhecimento da batata doce.
E tome cerveja importada, que o Ricardo foi logo pedindo ao saber que Brahma para o lugar não passava de um ícone religioso da "chef" do local.
Foram bem umas 3 horas de balada e já passava das 2 da madrugada, depois de muito chorinho, pagode e rock'n roll, regados a caipirinha de Sagatiba e Absolut com seriguela, a frutinha da moda, que o já porrado marido deu o toque para irem embora, pois tinha de trabalhar no dia seguinte.
Dando como sugestão racharem a conta por todas como manda o figurino do subúrbio levantou-se para um breve xixi e retoque no batom, enquanto o Ricardo fazia papel de cavalheiro, chamando o garçom, para não ficar com a fama de não se coçar.
A essa altura já estavam sendo atendidos pelo maitre, coisa chique que só os cheios da grana tinham direito.
Aberta a nota inevitável foi o choque com o valor da noitada.
Mas aquela altura do campeonato era impossível alguém sair pela tangente. Se oferecer para lavar os pratos (risos), nem pensar... Só nos filmes que via na sessão da tarde.
Alegre e sorridente tinha que morrer com algum na dolorosa, e a única fonte desse algum era o Ricardo que, já totalmente caneado saiu-se com a exclamação final, querendo dar uma de gostosão na frente das meninas do trabalho:
"Deixa comigo! Essa é por conta da minha querida florzinha, a quem eu amo muito, e que merece a vida de rainha que eu dou pra ela!", no que foi aplaudido e ovacionado pela mulherada interesseira da mesa.
Pronto! Tinha sobrado para ela. Ia ter que morrer na malhação da academia para pagar o rombo do cartão de crédito, além de ficar chupando o dedo noites a fio, pois os bicos do Ricardo iam ter de aumentar.
Já no carro, que corria em zigue-zague pela Avenida Brasil botou-se a pensar.
Como é que um lugar tão caro podia ter o nome de "boteco", já que para ela botequim estava mais para "pé sujo"?
Foi quando entendeu a frase afixada no corredor do banheiro, naquele instante em que esperava para retocar a maquiagem:
"BARATINHO É O FILHOTINHO DO MARIDINHO GAY DA BARATINHA DEVASSA".
Certamente tinha errado o lugar da balada.

Thursday, October 28, 2010

Cardápio de comida de botequim homenageia o sambista Nei Lopes

O Rio de Janeiro não é só uma cidade de cidades misturadas.
É também uma heterogeneidade de culturas, hábitos e tradições.
Da "garota de Ipanema" a "mulata bossa nova" toda história é boa para se contar, cantar e comer.
Que o digam Nelson Rodrigues com suas teatrais passagens, Stanislaw Ponte Preta com suas gostosas cariocas, e o multifacetado cronista da negritude Nei Lopes.
Se Nelson Rodrigues atravessou o insólito, Stanislaw ultrapassou a gozação.
Mas Nei Lopes não, ficou alí, de butuca fina em cima do passado, e de lupa na mão fez a história da raça e do Rio.
Em "20 Contos e Uns Trocados" ele passeia por um Rio de Janeiro que já não se vê mais nos cartões postais, e rege a tradição da cidade contando tintim por tintim o que há por trás de tudo que se vê por ai, e que se transformou na cultura Carioca.
Se hoje temos uma rica tradição musical, uma gastronomia que gera a imitação chic, e hábitos cotidianos que todos fazem questão de vir apreciar é porque o Rio renasceu pela mão do pessoal das favelas e das comunidades, não as atuais, mais as antigas da paz e da felicidade.
E foi para homenagear o sambista, escritor, historiador e comendador Nei Lopes que o ESQUISITINHO - BOTECO E BAR VIRTUAL resolveu dar aos seus cardápios nomes dos personagens de "20 Contos e Uns Trocados", para mostrar com todas as letras por onde e pelas mãos de quem a história do botequins do Rio começou a criar tradição.

Monday, October 11, 2010

O lesbianismo que levou ao ataque

"Meu lado gay é lésbico" gritou Bob Devasso em meio ao papo da roda de boteco.
Ninguém sabia ao certo o endereço da frase, nem sua motivação.
Não é segredo pra ninguém que o Bob é um grande canalha, e aos canalhas coube apenas o dom da safadeza.
Mas, porque a declaração? Naquela altura do papo não se falava em sexo, nem tampouco de mulher. Nenhuma citação a algum sem-vergonha que andasse comendo a filha de alguém. O que levaria então Bob Devasso a tão dúbia declaração.
O dia corria frouxo, segunda mais de sem graça, noite fria mais chegada a um conhaque do que a uma cerveja gelada.
O bar com movimento fraco, todos esperando o fim da novela das oito para sairem tranqüilos para casa e aturarem dona mocreia com a cara de poucos amigos.
Foi quando alguém percebeu que o Bob não havia chegado. Impossível crer que ele não estava ali para marcar o ponto.
Serginho Birinaite convidou os três ou quatro que ali estavam a esperarem mais um pouco. Quem sabe o Bob não tivesse sido convocado para alguma tarefa importante no lar, e dai o motivo de estar atrasado.
Não que ele fosse daqueles de subir em escada para trocar uma lâmpada, mas vamos que tenha ido a farmácia pra comprar um melhoral pro Zézinho e não encontrou. Estava rodando por ai e pronto, perdeu a hora do ponto na mesa do bar.
Eis que de repente, atrasado mais de 1 hora chega o Bob todo feliz.
Estava vindo de casa onde ficara assistindo parte do debate político da televisão.
Logo de cara Serginho Birinaite foi cortando: "Política aqui, não!"
Todos tinham as suas preferências de eleitor, mas ali só valia papo de futebol e mulher.
Continuaram a conversar amenidades naquela noite chata quando Bob veio com a antológica frase - "Meu lado gay é lésbico".
Quando chegou em casa vindo do bar Serginho Birinaite quiz saber do filho mais velho antenado em política e internet como tinha sido o debate.
O garoto contou da agressividade da candidata contrária aos viés político do pai com o seu oponente, sem uma razão aparente, sacada meio assim do nada.
Ficaram ali a se perguntar o por que, quando o garoto mostrou para o pai um email que tinha acabado de chegar contando de um tal processo de uma empregada contra a candidata.
Batata! Foi ai que Serginho Birinaite conseguiu entender a exultante manifestação de Bob Devasso no botequim.
Meio que sem querer, e meio que proibido pelas regras da roda do boteco tinha feito a sua declaração de voto.

Friday, October 8, 2010

No botequim do Xexeo

Para mim, jornalismo e botequim sempre estiveram ligados.
Não existe jornal que não tenha um bar ou um botequim no seu caminho, assim como não existe jornalista que não tenha uma cadeira cativa em algum boteco da vida.
Dias de fechamento, madrugadas na expectativa de um fato ou final de algum acontecimento mais trágico e aterrador, sempre terminaram na mesa de um bar.
Botequim e jornal tem a ver com fome. Fome de notícias, fome de barriga vazia a procura do que comer após muito trabalho.
Na minha curta passagem por um jornal, o tablóide "LIG", em Niterói como "jornalista" colaborador conheci gente legal, pessoas interessantes que com sua verve e humor me fizeram guardar boas lembranças de um tempo difícil.
Para mim, e pra qualquer jornalista a convivência com a birita nunca foi um impedimento para a livre manifestação do pensamento com alguma inteligência, mesmo que atropelada por alguma besteira.
Acho que foi dessa junção, da união jornalismo e botequim que deve ter nascido o termo "filosofia de botequim".
Tive também um tempo que além de escrever pra jornal andava pelas redações das rádios e jornais divulgando meu projetos culturais.
Tribuna da Imprensa, O Fluminense, O Globo, TVE, Manchete, todos tiveram jornalistas famosos com cadeira cativa em algum boteco, e a mim fizeram atravessar os tempos de excessão política com um gosto de liberdade na boca.
Não digo que todos estes veículos de comunicação estivessem localizados bem em frente a um botequim, mas como ponto de encontro de jornalistas, todos inscreveram sua história em algum.
A exceção ficou por conta de um único jornal, um quase sucessor literário do Correio da Manhã que a megalomania dos donos, associada aos deslumbres do "Brasil Grande" da ditadura militar fizeram se afastar da antiga sede na Rio Branco e ir pra bem longe da vida política do Rio. 
E foi no prédio do falecido JB, na Avenida Brasil, lugar em que a cultura fervia em cada letra que, junto com o Fluminense, em Niterói, desfrutei meus melhores dias de "jornalista".
Ambos com as rádios ditando os rumos da "MPB" e do "Rock Brasil", e seus jornais lançando pra história grandes personagens do jornalismo brasileiro.
E foi lá, no JB que conheci Artur Xexeo. 
Não digo que como amigo, mas profissionalmente fui recebido algumas vezes em sua mesa, local quase impossível de alguém fora do meio se aproximar.
E hoje ao abrir pela primeira vez seu blog (abaixo), escaldado pelas suas abrobrinhas na CBN, e seu perfil de pop-star na TV, me reencontrei com esse tempo ao me deparar com um post digno de qualquer "roda de boteco", e repleto da chamada "filosofia de botequim". 

"O MANTRA DE RO-RO E A CURIOSIDADE DE LAURA"

"Foi o momento mais divertido da televisão na semana passada. No programa de Amaury Jr, na Rede TV, Angela Ro Ro era entrevistada por Amaury e pela modelo e apresentadora Laura Wie. Às sextas-feiras, Amaury transforma seu programa num talk-show e divide a bancada de entrevistador com Laura. Amaury não conseguia disfarçar que queria arrancar alguma resposta polêmica ou escandalosa de Angela. Mas a cantora se manteve firme em sua fase careta. Até que, na última pergunta, quando a entrevista já estava praticamente acabada, o apresentador qui saber: como Angela Ro Ro define Angela Ro Ro? A cantora não se segurou e, antes de dar uma gargalhada, soltou uma de suas piadas típicas: “Eu agora tenho um mantra: ‘Chupanenê’”. 


Todos riram à beça, fizeram cara de fim de festa, e o programa poderia terminar não fosse o quase inexplicável interesse de Laura Wie pelo tema. 


— Isso significa que você está ligada a alguma religião oriental? 
— Não. É mais uma religião sexual — responde Ro Ro. 


Laura não entendeu e, curiosíssima, quis saber mais sobre aquele estranho mantra, provavelmente em sânscrito, que Ro Ro usava como oração: 


— Mas quando você usa o mantra? Em que momento do dia? 
— Ah... em qualquer momento. 
— E ele te traz harmonia? Ele te traz paz? O que ele te traz? 
— Digamos que ele me traz orgasmos. Chupanenê, entendeu? Chupanenê! 
O que começou engraçado, tornou-se constrangedor. Amaury não soube interromper a bateria de perguntas de Laura: 
— Mas onde você pratica o mantra? Você procura um cantinho? 
— Não. Pode ser em qualquer lugar. 
— Até dirigindo? 
— Não! Dirigindo não! — revoltou-se Ro Ro. 
E foi assim, até Amaury Jr. desejar boa noite a todos."

ARTUR XEXEO

Saturday, September 4, 2010

Petiscagem de Boteco em Pernambuco

Para quem pretende viajar no feriadão vale a pena dar um pulo em Pernambuco e aproveitar pra dar uma passada em um dos 23 bares e botecos participantes do festival Roda de Boteco, evento gastronômico que acontece também na Bahia, Espírito Santo e Brasília.
Para estimular a participação da clientela, foi criada a promoção "Sou Botequeiro". Os petiscos provados dão direito a selos, que podem ser trocados por brindes do festival.
Outra novidade da edição 2010 é que todos os pratos são inéditos, com preços que vão de R$ 10 a R$ 25.
Os consumidores podem votar no boteco predileto nos quesitos Melhor Tira-Gosto, Temperatura da bebida, Atendimento e Higiene.
Os participantes locais são Antiquário, Banguê, do Cabo, do Dunga, do Gilvan, do Guaiamun, do Márcio, do Zaqueu, Buchada's, Cachaçaria Minha Deusa, Café com Graça, Caldíssimo, Chopperia & Companhia (que serve o Namoro na maré - Patricinha e Mangueboy, na foto), Derbilhar, Fiteiro, Maloca do Alemão, Mercado Rosarinho, O Petisqueiro, Paranóia do Mar e Varanda do Galo.

Mirai e o II Festival Samba e Botequim

A “pequenina Miraí”, cidade da Zona da Mata mineira realizará a segunda edição do Festival Samba e Botequim nos dias 10, 11 e 12 de setembro/10.
Quinze sambistas concorrerão ao prêmio de R$24.000,00 (vinte e quatro mil reais); dez bares servirão deliciosos tira-gostos, enquanto... Os shows rolam com Aline Calixto; Clarisse Grova; Inácio Riose; Arlindo Cruz; Mamão; Ases do Samba, além dos Grupos Deixa Rolar (Miraí) e Sambloco (Muriaé).
A festança que acontece no Largo da Rodoviária (Centro) é uma realização da Fundação Cultural Ormeo Junqueira Botelho com iniciativa da Dynamis Internacional. O patrocínio é da Energisa através da Lei Estadual de Incentivo á Cultura.

O Samba e Botequim está constituído a partir de três atividades básicas: o concurso de sambas originais e inéditos; os shows com grandes nomes do samba e o festival de culinária de botequim.

Ficou animado? Confira maiores informações no site http://www.sambaebotequim.com.br

Tuesday, August 10, 2010

Vou levando a vida

Está difícil botar o livro para fora.
Capa  pronta, todo editado mas, cadê a grana para produzir.
Minha divulgadora já tem até o esquema de lançamento bolado: blitz de bar em bar, regado a chopp e tiragosto.
A editora que ia bancar o projeto queria só para 2012.
Até lá já tinha morrido e neca de catibiriba.
Enquanto isso vou tocando a vida me matando de tanto trabalhar.
É a cozinha, o sítio, a fundação. Pouco paro no Rio pra curtir os agitos de Copa.
Também, pudera morar com sogra ninguém aguenta (deixa ela ouvir eu falando isso, tô morto e no olho da rua!).
Na roça tá um frio de lascar, sei que lá também.
(eta falta de conversa danada...).
Só me resta engrossar o côro: CALA A BÔCA DILMA!!!

Sunday, June 27, 2010

A amiguinha lésbica de Bob Devasso

"Conheci minha amiguinha lésbica quando fazia uma besteirinha de trabalho para a firma em que ela era secretária. Chegou a mim por um classificado de jornal, e logo que dei de cara com a figura percebi sua opção sexual.
Fumando muito, com aquele jeitão de lutadora de boxe fugindo de um "jab" trazia no olhar a doçura de uma menina desengonçada, cheia de respeito diante do profissional.
Em meio a balburdia do show-room da imobiliária comecei falando de alguns projetos que havia desenvolvido, e das opções que a firma tinha para me contratar. Mesmo sacando que ela não gostava de homem queria deixar uma boa impressão, seduzir para conquistar o contrato.
Convidei seu chefe para participar da reunião e este, meio sovina quis saber do custo da minha visita, por considerar que ali o trabalho não iria render. Realmente no meio daquele entra e sai de gente procurando apartamentos para alugar por temporada não era o melhor lugar para se trabalhar num projeto daqueles.
Entusiasmada e com a carta-branca do chefe marcou comigo no Bip Bip, o simpático boteco da Almirante Gonçalves próximo a firma. Depois de duas cervejinhas fomos andando a pé até o seu apartamento. Ambos os lugares, trabalho e residência ficavam em Copacabana, bairro cheio de mistérios e encantamentos.
Ela morava num daqueles prédios lotados de quitinetes, com um porteiro com cara de novela das oito, tremendo "Copamar" antes da síndica durona que, como toda quitinete de Copa era apertada, transformada num loft meio improvisado.
O clima dentro da casa era animado. Sua namorada, uma pretinha gostosa, cismava em querer atrapalhar a reunião da gente, morta de ciúmes. Nem precisava, estava ali a trabalho, e na ativa quero o meu na mão.
Já mesmo antes, quando estivemos juntos na firma, senti que as duas tinham uma relação conturbada. O telefone tocando a toda a hora, e as intervenções, que beiravam o baixo astral não indicavam qual das duas tinha a pomba-gira mais agressiva.
No apartamento, um laptop cheio de defeitos, com fotos de sacanagem na tela, e endereços de sites pornográficos misturados aos arquivos de trabalho foi colocado a minha disposição numa posição tão desconfortável que fazia que eu, todo torto na cadeira ficasse bem de frente para tudo que acontecia na sua vida privada.
Com as duas morava uma outra garota, esta de programa, não sei se lésbica também.
Quando cheguei estava com os peitinhos a mostra, durinhos, por trás de uma blusa de seda, e os cabelos tintos de louro com aquela cor de água oxigenada. Depois saiu para tomar banho.
Meu rabo de olho não permitiu ver se tinha uma bunda gostosa, mas era saliente a garota, com aquele ar de "quem quer pagar" toda espevitada.
Envolta numa toalha voltou ao loft faminta, buscando restos de comida para alimentar seu corpo glamoroso. Acompanhei toda a sua preparação para o novo programa, suas entradas e saídas penteando o cabelo, se maquiando, arrumando a roupa bem em frente de onde eu estava sentado, sempre por trás do balcão em que faziam as refeições, e eu só conseguindo lhe ver da cintura para cima.
Um detalhe: toda a vez que a geladeira abria saia um odor de azedo, aquele cheiro de comida estragada própria de gente sem tempo. Uma pena que o doce perfume de banho ficasse misturado ao ar daquele lugar meio podre.
Minha amiguinha lésbica, preocupada em administrar o apartamento não conseguia sossegar o rabo para prestar atenção naquilo que eu estava propondo, reclamando com as duas a todo instante de cada detalhe que visse de errado. Dizia para mim que estava entendendo, que queria assim ou assado, e que isso ou aquilo me passaria por email.  Seu olhar e atenção estavam voltados o tempo todo para a zona que era aquele lugar. Mais puta ficou quando soube que não tinha comida para comer.
E assim foi indo o trabalho. Daquele encontro em diante voltei só mais uma vez ali.
Com a cabeça fantasiando orgias ficava esperando por um novo convite. Mas nada, só madrugadas ao telefone, e emails sem fim até aprontar o trabalho, que por sinal ficou uma merda - para ficar mais barato ela optou que eu lhe ensinasse a fazer, e para aquilo não tinha a menor criatividade. Mas me senti confortável por ter conseguido terminar o trabalho.
Voltemos a nossa amizade. Nos afastamos um tempo, ela foi demitida da firma, e eu fiquei sem saber como andava sua vida.
Até que um dia ligou, me fazendo um convite para montarmos juntos uma agência de garotas de programa. Minha delicada recusa criou o vínculo que temos até hoje.
Está de namorada nova, ciumenta como sempre, morando no mesmo sórdido apartamento que a encontrei pela primeira vez."

Tuesday, June 15, 2010

Canalhice não é cafajestagem

Bob Devasso é um personagem recorrente em minha vida.
Conheci-o nos tempos da faculdade freqüentando os mesmos botecos que eu.
Naquele tempo tentava afogar a covardia de não ser um engajado na luta armada contra a ditadura nas doses de Riopedrense que era moda beber.
De política o Bob fugia como fugia também da mocreia que vivia enchendo seu saco, e com a qual era casado.
Tinha dois filhos lindos o puto, os quais gostava de exibir aos amigos que não saiam da sua casa, onde rolava sempre muita música e cerveja.
Nossa amizade começou a crescer a partir do dia em que eu o levei a um show do Milton, onde o protesto não ficava só nas canções mais também no comportamento.
Acho que foi dai que lhe acrescentei ao apelido a alcunha de 'devasso'. Sentado no chão atrás de uma tremenda gata empatolou-lhe as mãos nos peitos enquanto soltava o vozeirão ao ritmo de "Travessia".
Dormiu no sofá naquele dia e pegou gosto pela devassidão.
Passava madrugadas ao violão cercado sempre de muito papo e sacanagem distribuída nas matinas por drogadas menininhas, para as quais o Bob era um careta pois só gostava de tomar cachaça, conhaque ou cerveja.
Gostassem ou não Bob era um filósofo. Suas sacadas existenciais eram únicas e lhe valiam os aplausos que gostava de receber.
Sujeito de inúmeras virtudes, entre as quais a de implicar comigo me chamando de canalha, se fazia respeitar aos berros com sua voz de tenor. Bastava uma mulherzinha se achegar da mesa de qualquer botequim que a gente sentasse, e ele lançava no ar a maldição “Birão é um canalha!”.
Foi assim, sem explicar por que por muito tempo. Até que apareceu uma zinha por quem me apaixonei e ele derramou mais uma vez os seus minutos de glória.
“Canalha é canalha, não tem moral” disse.
“São capazes de comer a filha, e sem nenhum pudor, comer a mãe. Meu amigo Birão não chega a esse ponto mas é capaz de dispensar a namorada na porta com a outra deitada na cama.” Rubro de vergonha não interrompi.
“E como todo bom canalha Birão não consegue ver na sua frente os costumes, os mais enraizados em nossa sociedade quando se trata de mulher. Não liga para compromisso, relação, aliança, e é capaz de dividir a mesma cama com mais de três.” 
Preste a perder a namorada cochichei no ouvido da moça que a definição cabia mais a ele do que a mim. Mas Bob não estava nem ai para a minha infelicidade. Queria dar seu show, filosofar mesmo que isso lhe custasse a minha amizade. Mas toda grande estrela tem sempre um bom final para sua apresentação, e nessa ele quis demonstrar sua amizade por mim.
“Mas existem os canalhas que ultrapassam essa barreira e se tornam uns cafajestes, e meu amigo Birão, um bom sujeito é apenas mais um canalha”.
A mesa cheia de vagabundos, bêbados e drogados clamava por uma definição. Embora palavras sinônimas qual seria a diferença entre o canalha e o cafajeste na concepção do Bob Devasso?
“O canalha não esconde com quem transou; o cafajeste sai contando para todo mundo. O canalha respeita a lágrima; o cafajeste dá porrada. O canalha adota a tática do cavalheirismo para chegar no alvo; o cafajeste é mal educado, só pensa em si, e é capaz até de cuspir no chão. E por ai vão as diferenças.”
A namorada lascou-me um beijo na boca, toda orgulhosa do canalha que tinha ao lado. E o Bob continuou.
“E o pior cafajeste é aquele que tem dinheiro no bolso. Aquele que agride uma empregada doméstica pensando ser prostituta. Aquele que leva viado para motel, e depois arma um barraco para não pagar, dizendo que nem desconfiava que era. E mais... Que é capaz de enrolar uma pobre donzela suburbana, prometendo casamento só para levá-la para a cama, e depois largar a coitada, apaixonada, na rua da amargura. O canalha lida com o igual; o cafajeste com a diferença. Nenhum dos dois tem alma, mas o cafajeste não tem mãe. E se a tem é dona de um bordel.”
Orgulhoso por não me enquadrar na definição de cafajeste que o Bob encontrara fui para a cama com a burguezinha que viria a ser minha futura mulher.

Monday, June 7, 2010

A Ninfeta do boteco

Tinha só quatorze aninhos quando ele a conheceu passando em frente ao botequim onde tomava umas cachaças.
Era uma dessas morenas gostosas que desde de criança já parece uma mulherzinha.
Uns peitões de mamão, uma boca carnuda, uns cabelos negros, soltos, caídos sobre o ombro, e aquele sorriso ingênuo cheio de felicidade.
Mas tarde descobriu que era afilhada de uma grande amiga sua, a quem pediu permissão para que viessem a trabalhar juntos. Cheio de boas intenções não lhe passava pela cabeça qualquer transgressão a lei.
Não foram poucas as ocasiões que desfrutou do prazer da sua companhia, prazer de brincar, correr e pular atrás da garotada. Era a juventude perdida dos seus tempos de criança. Levantava o seu astral em qualquer ocasião que beirasse a tragédia.
Certa vez seu carro, uma perereca velha, modelo Parati-83 a qual todos nós chamavamos de "margarida" enguiçou, bem ali, em cima do Rebouças, bocada do Morro dos Prazeres em Santa Tereza.
Chovia canivete e a perereca velha de guerra nada de pegar. Saíram os dois na chuva a empurrar o carro, ela a sorrir da situação, cabelos molhados sem medo do perigo, se divertindo do inusitado da situação.
Não foram poucas às vezes que quase tentou...
Numa outra, os dois sozinhos, de galinhagem, brincando que nem criança, dançando ao som da música que rolava na festa. A vida deles era assim, só diversão. Também, pudera eram atores, animadores de festa de criança e as suas vidas era só zoação. O jogo deles era esse: só sedução.
E ela crescendo, e ele vendo a mulheraça que surgia. Suas cantadas levavam em conta sempre a grande diferença de idade que existia entre eles. Tinha que ser sutil, conseguir primeiro pelo menos um olhar, sua atenção.
Um dia a convidou para almoçar, numa boa... Cheio de fome queria entrar no primeiro botequim que aparecessese pela frente para matar um PF, e ela na sua santa ingenuidade emburrou uma cara, e recusou: "está pensando que sou dessas" exclamou. Tinha só dezesseis anos.
Estava crescendo depressa e o seu tempo vital se escasseando virando amigos.
Depois, cada vez mais afastados e unidos apenas por um número se pendurou no telefone para ver se a convencia que não podiam se separar. Ela rindo e fingindo que não entendia nada.
Até que um dia cresceu de vez, virou mulher nos braços de outro, se apaixonou e se foi.
Sentiu sua falta... Era seu sonho de uma paixão terminal indo embora.
Até que hoje, desligado do mundo, apaixonado pelo seu trabalho de mergulhador o telefone tocou e ouviu de novo a sua voz.
Sete anos tinham se passado, ela foi atrás e o achou. Cheia de charme, toda mistério, mulher adulta, sedutora, deixando fluir aquele gosto de pecado através da voz.
Casada, mãe de um filho, lhe fez uma confissão: "Sempre nos demos bem... Gosto do que aprendo com homens mais velhos!".
Diante da sutileza da insinuação teve que se manter equilibrado, sem perder a linha, aquele dom de paizão que sempre teve com ela.
Do papo lhe restou apenas a saudade do tempo em que ela ainda era uma criança, e com essa vontade, esse tesão enorme que não o faz perder a esperança de que um dia ela seja sua mulher.

Sunday, June 6, 2010

Na sordidez de um boteco

Boteco chinfrim aquele.
Mesas e cadeiras enferrujadas misturadas a um monte de engradados de cerveja encostados num canto.
No balcão, uma pequena vitrine com três coxinhas de galinha de anteontem. Dava para sentir quão frias e geladas estavam, já que o ambiente de quente só tinha a cachaça.
Nada ali lembrava a elegância e o charme do botequim da praia de onde ele tinha saído, e enchido a cara cheia dos números da reunião de negócio.
O pneu do carro havia estourado, e a barriga arrebentando da farta comida do almoço. Tinha que botar para fora.
Antes de entrar já tinha chamado o hugo junto ao pé da árvore na calçada.
Mas por um acidente do destino estava ali.
A cabeça confusa não conseguia distinguir a diferença entre aquele lugar e qualquer outro boteco da moda de Ipanema.
Estava à procura de um sonrisal que fosse, e um copo d’água que fizesse o pozinho borbulhar.
Logo que entrou viu na prateleira aquilo que buscava. A estante mais parecia um balcão de farmácia: engov, eno, leite de magnésia, aspirina. Até uma réstia de camisinhas desbotadas tinha.
O olhar delirante passou batido em direção ao banheiro. Tinha que dar uma cagada e colocar para fora aquilo que me confundia o seu estômago.
A porta sem tranca mostrava o vaso sanitário todo respingado de merda, e as paredes repletas de inscrições, todas banais, de baixo calão.
Nessas horas o sujeito não consegue perceber a higiene. É a necessidade, o sufoco, o aperto da barriga, ou da bexiga querendo urinar.
O primeiro movimento saiu pela boca. Um vômito meio esverdeado de um fígado cambaleante. Depois veio o bolo de mignon digerido com vinho, uma merda fedida, mole e nojenta.
A entrada, no que passou pelo balcão até chegar ao quartinho pediu ao dono do estabelecimento alguma coisa que parecesse papel.
Nem precisava ser macio como a neve, bastava apenas que cumprisse a função. Quando moleque pobre de subúrbio cansou de usar a folha do caderno da escola, aplicando a técnica de amassar antes. Passou no cú a tinta do jornal com a notícia da sacanagem dos caras com a flotilha da liberdade. Não sabia por que, mas o nojo que sentiu pelo noticiário era maior do que o que sentia pelo vaso sanitário
Com o rabo velho limpo foi logo procurando pela descarga. Não queria deixar nenhum vestígio da sua passagem por ali. Gritou ao dono do boteco perguntando "onde ficava a descarga" e este lhe respondeu dizendo que mais tarde jogaria uma lata d’água para limpar a fedentina.
Estava se sentindo um sórdido bebum, caído na sarjeta, envolto em cheiros e perfumes os mais desagradáveis, percebendo naquele momento a miséria de qualquer cachaceiro de rua.
Mas se sentiu satisfeito ao completar aquilo que fora fazer ali.
Depois do copo de água borbulhante com aquele santo remédio foi aos poucos voltando a normalidade, louco de vontade de beber uma gelada. Pediu uma que, sem lhe negar, desceu redonda como o slogan que a propaganda lhe deu.
Com a cabeça no lugar teve a idéia de retribuir o favor, como se não fosse uma obrigação da lei manter um bar com um banheiro decente.
Do sujeito atrás do balcão ouviu a resposta que lhe pagasse apenas o que devia. Na certa ele não era o primeiro a derramar o porre pelo seu chão, ressaqueado.
Mas como não era daqueles que se submete a trama insistiu, perguntando o que havia para comer, além das defuntas coxinhas.
Veio a surpresa. O cara lhe trouxe um prato de um suculento mocotó, repleto do que sobrara do almoço, acompanhado por uma garrafa de farinha, o qual derrubou na hora.
"Divina comida!" exclamou As colheradas quentes aquecidas pelas gotas do molho ardido de pimenta foram descendo, e se acomodando como uma luva em cada tripa da sua barriga.
Bem, para não ficar encompridando a história digo que ele pagou a conta antes de repetir, bebendo o último copo de cerveja, a terceira garrafa que matava, já intimo do lugar.
Ainda no táxi sentiu de novo a sensação, a revolução, desta vez causada pelo mocotó barato de um boteco vulgar.
Mas ai, Inês já estava morta, e envolvido no conforto do seu apartamento, pijama trocado adormeceu tranqüilamente tendo a certeza de que o guincho da seguradora rebocaria o carro, e o deixaria cara limpa na garagem a espera da sua próxima bebedeira.

Tuesday, May 25, 2010

O VALOR DE UMA AMIZADE

Sentado no balcão do boteco eu perguntei ao homem “Quantos amigos você tem?”
Ele me respondeu “Nenhum! A todos perdi no vendaval da vida.”
E continuou “Aos amigos doei uma parte de mim. Com eles sorri, chorei, senti e fui feliz, e hoje vivo só!”.
Ofereci-lhe um copo de cerveja e perguntei “Por quê?”
“Havia em cada ser humano que eu conhecia e reconhecia como amigo uma capacidade de amar que despertava em mim o sonho, e que depois se transformava numa angústia de eternizar para sempre a nossa relação” continuou com a voz sofrida.
“Nessa minha vida encontrei e vivi momentos de prazer com muitas pessoas, desfrutando a esperança universal de viver em um mundo melhor, realizando sonhos, um mundo muito mais rico em conhecimento e bem estar” disse-me ele com toda a sabedoria.
Depois de mais um gole de cerveja não pude evitar em querer saber “Mas se foi assim tão feliz porque a solidão?”
“Nem tudo na vida é felicidade. Nos meus amores fui infeliz. Deixei-me tocar de maneira errada e fui consumido pela paixão ao invés de me dedicar a ser um bom amigo. Não percebi que amar demais acaba redundando em compaixão, levando a loucura o ser humano.”
“Mas mesmo me sentindo feliz ou triste consegui que as amizades rendessem bons frutos, para mim e para elas, frutos que, no entanto não foram suficientes para mantê-los para sempre junto a mim.” 
Seria esta expectativa a causa da solidão deste homem? Encheu o copo tomou nas mãos um cigarro e foi adiante:
“Hoje sei que procedendo assim, com tanta intensidade devo ter cometido erros. E o maior deles foi falar com sinceridade certas palavras, que soaram aos ouvidos dos meus amigos mais como uma contraposição aos fatos que viviam, ou aos sonhos que queriam viver, do que como verdades que só eu conseguia ver.”
“Gritei para que ouvissem, percebendo os inimigos. Queria tirar do caminho as pedras de uma trajetória brilhante que sonhava fazê-los ter.”
“Sei que não tinha o direito de intervir em seus destinos. Sei que ao invés de me deixar tomar pela emoção tinha que ter tido a força e o poder para lhes doar os elementos que lhes daria os meios de alcançar a felicidade que perseguiam.” 
Pobre homem! As dúvidas na sua cabeça bem tinham a ver com seus cabelos brancos. E eu ali, naquele fim de noite a ouvir suas sábias palavras:
“Hoje me questiono: será que não fui egoísta ao não partilhar o pouco que tinha, e movido pela razão não enxerguei o quanto que precisava daquela amizade?”
No botequim a solidão campeia. Tentei amenizar falando para ele que na vida nem tudo é perfeito, e que nem sempre se consegue aquilo que se quer. Mas ele tinha muito a me ensinar.
“Quando tomado pela razão o sentimento gera apenas insegurança, medo. Medo do infinito, medo do futuro.” Pôs-se a falar já meio bêbado, para me dizer em seguida:
“E foi esse medo, esta insegurança que me fez perder os amigos que tinha, todos, um a um, mesmo sabendo que no fundo de suas almas tivessem a certeza que eu os amava bastante. Que bem dentro de nós ardia a chama da verdadeira amizade. Amizade de pai, amizade de filho, de companheiro, de amante, de irmão.”
Esvaziei a última garrafa de cerveja que o meu dinheiro podia pagar, e quase que abraçado a ele me emocionei com suas últimas palavras:
“Hoje vivo com esta chama ardendo em mim, queimando minha esperança de conquistar um novo amigo.
Não fosse este medo de amar bem que eu queria ter de novo um amigo que apenas me ouvisse... Como você.”

Sunday, May 23, 2010

A Petiscagem Gourmet

Vamos falar a verdade. Quando saímos por ai a procura de um bar para tomar uma cerveja e beliscar uns petiscos, não estamos atrás da marca ou da fama de alguém. Saímos a procura de um lugar honesto, com preços justos, comida gostosa e cerveja.
Em se tratando de acompanhamento para uma gelada todos somos críticos na busca por sabores e acompanhamentos. Se fosse só para matar a fome a gente comprava um sanduba ou um lanche e levava para casa para tomar com a nossa loura.
Mas o que busca o sujeito que sai de um show, uma peça de teatro, um cineminha, ou que apenas marcou um encontro com a turma. Bater um papo, descontrair, ter o que comentar.
Ai vale o ambiente, o lugar do encontro, a mesa de um bar.
E é nessa hora que um bom boteco livra a cara da rapaziada. Entrar num restaurante e ter que enfrentar todo aquele salamaleque, não dá.
O belo dos botecos atuais é que eles não tratam mais o cliente como um morto de fome. É isso que tem, e come!
Cardápios elaborados, chefs atrás dos balcões transformaram todos num crítico gastronômico daqueles, mesmo se tratando de uma simples linguicinha.
E tem mais. Quem entra neste ambiente fica até perdido, tantas as opções que se apresentam.
Aqui no meu "boteco em casa" tenho uma porrada de cardápios, com opções as mais diversas, virando ao avesso situações e desejos.
Para mim cada um tem o direito de comer muito e bem. E de se sentir à vontade para experimentar de tudo.
No mínimo o sujeito vais ter uma 15 opções para se perder de tanto beliscar.
Partindo do princípio que as pessoas me chamam para cozinhar para elas, por ter um hábito alimentar refinado que foge ao simples feijão com arroz tenho que considerar que meu público é, por excelência gourmet.
Não me sinto a vontade nessa história do carioca do "rodízio de petisco". Nem tampouco com a camisa de força da tradição botequeira.
Hoje com os chamados festivais de comida de boteco o cliente está voltando ao antigo hábito, mais do que batido de viver literalmente de bar em bar a procura de novidades gastronômicas.
E é a vocês que não são bestas, nem bobos de trocar gato por lebre, que dedico todo o esforço de me entregar de corpo e alma, e oferecer sempre o melhor da petiscagem gourmet.

Saturday, May 22, 2010

De botequices e botequeiros

Quem acessa o meu site vai encontrar algumas definições de estilos de boteco pouco usuais para os entendidos no gênero.
“Botecos da Central”, “Botecos da Zona Sul”, “Botecos de Celebridades”, “Botecos de Executivos”, como os definir?
Vamos lá!


BOTECOS DA CENTRAL


A região da Central do Brasil, por ser um ponto de confluência da população mais pobre e da classe média baixa é também um ponto de concentração de um tipo de estabelecimento e comida encontrado em outros pontos do Rio de forma bem esparsa. Talvez apenas a região de Madureira e Copacabana tenham tamanho número de bares assim.


Os lugares em geral são pequenos, onde cabem apenas um balcão e poucas mesas quando as tem. Normalmente o freqüentador fica em pé, ou sentado em balconetes junto ao balcão.


A decoração (se é que se pode chamar de decoração o que existe neste estilo de ambiente) é composta por paredes azulejadas, um quadro com imagem de santo, um expositor com as iguarias que irão acompanhar a aguardente ou cerveja; e quando com mesas, toalhas de plástico “linholene” com uma garrafa de pimenta e farinha em cima, e um porta-guardanapo do tipo estojo.


A comida? Estes são lugares onde se encontra a mais representativa comida de bar carioca, os chamados “pratos feitos” ou “pfs”. A petiscagem é realizada com os mesmos ingredientes dos pratos do almoço: pedaços de frango frito, peixe a milanesa, miúdos de porco do feijão. Em outros, porém, o que se tem é a chamada comida rua, lanches em geral


Não é difícil encontrar por lá música de máquina eletrônica e as indefectíveis máquinas de karaoke (ou videoke).


BOTECOS DA ZONA SUL


Para alguns os botequins, tipo os da Central, ou os “bunda de fora” de Copacabana são os "pé sujo", e os bares da moda da zona sul (ou da Lapa) os "pé limpo" ou "botecos de grife".


Não acho que seja bem assim.


Os chamados botecos da moda nada mais são do que restaurantes de estilo jovem que deram uma voltinha por São Paulo para poder se chamar boteco.


Da decoração dos antigos botequins, o ambiente tenta trazer à lembrança as paredes azulejadas, com todo o mobiliário em madeira, e sem o uso de toalhas.


Nas paredes fotos antigas e retratos, uma tradição muito encontrada nos antigos restaurantes portugueses, dos quais a região de São Cristovão ainda guarda alguns.


A iluminação rarefeita é uma outra característica deste tipo de lugar. Pouca luz chama a azaração jovem, e trás a intimidade que só o alcool dá.


No cardápio petiscos saídos do repertório da chamada comida popular brasileira, misturados a toques de criatividade da gastronomia de bom gosto, como ervas, queijos e azeites.


Quando servindo refeições se aproximam mais de uma pizzaria, restaurante ou churrascaria, do que de um botequim.


Música ao vivo ou eletrônica centrada no repertório da chamada MPB, tendo a antiguidade dos chorinhos e sambas é uma tendência deste tipo de boteco.


BOTECOS DE CELEBRIDADES


Nestes o espaço para bebericagem restringe-se cada vez mais ao lounge. Por serem muitos, amplos espaços dividem-se em churrascarias, restaurantes e pizzarias num mesmo endereço.


Possuem discotecas e ambientes de dança e música ao vivo. Todo o material de uso é chic e de extremo bom gosto.


E quando não são grandes locais são bistrôs, o que no fundo dá a mesma coisa em se tratando de decoração clean.


Não posso falar muito deste tipo de boteco (assim eles se intitulam), pois pouco os conheço, mas nos que fui a comida pouco lembra a comida de um botequim.


Dá para notar a mão de um chef transformando aquilo que era simples em alguma coisa sofisticada.


Alias esta tendência às pequenas porções para petiscagem tem levado alguns a se apropriar do conceito botequim mais como forma de se tornar popular.


A decoração de um “boteco de celebridades” usa muito vidro, transparência, claridade, ficando o escurinho para o local de dança, a não ser quando uma varanda permite economizar e aproveitar a luz da rua ou do luar.


BOTECOS DE EXECUTIVOS


Também um ambiente bistrô está quase em extinção, uma vez que a comida fast-food tem tirado da turma do paletó-e-gravata o prazer do uisquinho ao por do sol. Ainda mais agora que a bolsa de valores se mudou para São Paulo.


O que me vem à memória são os restaurantes de comida a quiilo freqüentados pelos endinheirados funcionários das estatais, multinacionais e diretorias dos bancos do centro da cidade, e que ao entardecer insistem em não fechar.


Não vou me deter muito naquilo que penso da definição para o lugar, pois a que tenho é ultrapassada, posto que agora o meu “boteco de executivo” do passado hoje são botecos de celebridade que fecham cedo.


Sei que vou tomar paulada por tudo que é lado, mas como botequeiro que não se apega as tradições e aos regionalismos tinha que me explicar.

Thursday, May 6, 2010

Um definitivo conceito de botequim

Do blog de Roberta Sudbrack retirei este artigo que me parece estabelece a verdadeira diferença que existe entre boteco o restaurante...

"Eu nunca quis ter um restaurante…
sexta-feira, 30 de abril de 2010


A princípio o título de hoje pode chocar quem não estiver disposto a ler o resto do texto. Na vida também é assim, muitas vezes a primeira impressão é péssima e quando não há interesse mútuo na chamada segunda chance pode-se perder muito. Ou não. Depende de cada um. Depende do que cada um quer!

Eu realmente nunca quis ter um restaurante, eu sempre quis ter uma casa. Casa é o lugar pra onde a gente sempre quer ir. É lá que a gente pode usar camiseta velha e furada. Eu sempre me pergunto cada vez que visto uma: será tem algo melhor na vida? Em casa a comidinha está sempre em cima do fogão. É verdade que na minha época de escola, a minha avó, cuidadosa que só, deixava o meu prato todo arrumadinho dentro do forno morno. Certamente hoje em dia diriam os moderninhos se tratar de uma espécie de câmara de ar quente! Mas era só afeto.

Casa é afeto. Casa é conforto, mas conforto lá tem a ver com excesso? Conforto tem a ver com bem estar. Bem estar tem a ver com cuidado. E cuidado tem a ver com afeto. Logo, tudo começa e termina no afeto.

Afeto desde a escolha dos ingredientes que serão servidos. Até a definição da forma de servi-los. Nesse caso o afeto é extensivo aos próprios ingredientes, já que o respeito, pelo menos o verdadeiro, normalmente também é recheado de afeto. O afeto nas relações, no comprometimento da causa que cada um carrega com orgulho estampado no peito. O afeto do servir. Esse eu considero o mais importante de todos. Sempre digo para o meu pessoal: “Somos serviçais, entrar pela porta dos fundos e usar o banheiro da área de serviço tem que ser uma coisa natural para nós. Caso contrário, não conseguiremos servir com afeto.”

Outro dia escutei de alguns entendidos no assunto a seguinte definição sobre o que vem a ser um botequim: “Botequim é aquele lugar aonde as pessoas vão pra se sentir em casa. É aquele lugar aonde o dono conhece as pessoas pelo nome e sabe do que elas gostam ou não gostam. Botequim é aquele lugar aonde o dono chega cedo e sai tarde, está sempre lá, sabe onde está sujo e precisa limpar e conhece as pessoas que trabalham com ele pela respiração.” Aí eu pensei: “Eu tenho um botequim!” Que bom, já que eu nunca quis ter um restaurante! "

Wednesday, March 24, 2010

Pano pra Manga no Leblon

Pra quem quer curtir um fim de tarde, tomar um chopp gelado e além disso ouvir um bom samba. Vai ai a dica me passada pelo grupo:

PANO PRA MANGA NO LEBLON !!!

DIA 28 MAR DOMINGO

GENTE FINA

18:30Até as 19h DAMAS NÃO PAGAM e Homens R$10

Após as 19h Damas R$10 e Homens R$18

DOSE DUPLA DE CHOPP E CAIPIVODKA

TRANSMISSÃO DO CLÁSSICO VASCO X FLUMINENSE

Rua General San Martin, 359 - Leblon

Pronto! Repassei...

Thursday, March 18, 2010

Como montar um boteco com pouco dinheiro

Para quem está com pouca grana e não quer gastar muito com a montagem de um boteco ai vão algumas dicas da decoradora Myrian Lima:

"Se você for um gourmet, e frequenta os bares e botequins da moda contrate o personal chef Byra Di Oliveira para organizar o cardápio e preparar os tiragostos, petiscos, comidinhas e belisquetes da sua festa.
Se estiver com o orçamento curto, ou estiver pensando em contratar um destes serviços de buffet que fazem festa temática siga as dicas abaixo.

COMES E BEBES

. Contate aquela moça que faz as festas de aniversário do(s) seu(s) filho(s) e encomende umas coxinhas, uns rissolis, e uns quibes para você (ou ela) fritar.
. Fale com aquele seu cunhado biriteiro que ele providencia uma linguicinha, porções de batata frita, e uns tremoços e azeitonas para tiragosto, compra o gelo e põe as bebidas na tina;
. Contrate um grupo musical de acordo com o seu estilo e o da sua festa. Por exemplo: para uma pequena reunião um cantor estilo voz e violão, para uma grande festa um conjunto de pagode ou banda de rock estilo anos 70/80;

DECORAÇÃO

Se tiver tempo é bater perna e visitar as lojas do Mercadão de Madureira ou do SAARA, e liberar a criatividade.
. Compre chapéus plásticos, tipo malandrinha para os convidados usarem. Peça que eles compareçam usando camisas listradas;
. Para decoração da mesa das comidinhas, caso o serviço seja do tipo americano use aquele tecido do tipo hospital (TNT) que você encontra em qualquer loja de artigos para festa;
. Compre plástico xadrez e faça umas toalhas para as mesas dos convidados. Existem no mercado toalhas prontas na medida 70x70;
. Não se preocupe com os guardanapos. Eles podem ficar em cima das mesas em copos, ou em estojos de plástico;
. Use copo descartável para os refrigerantes, e para as cervejas copo cristal (rígido). Na falta ponha para fora a sua coleção de copos de requeijão;
. Adquira uma placa de isopor, pinte-a de preto e cole na parede da entrada da festa como se fosse um quadro-negro;
. Fale com o dono do botequim da esquina para ele pedir ao fornecedor de cerveja uma propagandas, e cole-as nas paredes;
. E por último, como homenagem ao aniversariante mande fazer uma faixa com o nome que você vai dar a festa, com o nome do homenageado... é claro.

Agora, se você não quer ter todo este trabalho fale com o Chef Byra Di Oliveira que ele já tem todo um esquema de montagem com o tema pronto."

No mais é lavar a alma de cerveja e cobrir o coração de colesterol. Só por este dia!

Monday, March 15, 2010

Prato feito no centro da cidade...

RESTAURANTES PÉ-SUJO DO CENTRO

RESTAURANTE TEMPERO CARIOCA

Rua Sete de Setembro 194 - Centro

- Cliente paga R$ 6,00, escolhe dois pedaços de carne e pode comer à vontade

- São 14 pratos quentes e oito pratos frios

TRAILER BEM-VINDO

Rua Afonso Cavalcanti 175, Cidade Nova

- Pratos variam de R$ 7,50 a R$ 9,00

PENSÃO ANDRÉ LUÍS

Rua Sete de Setembro, sobrado, Centro

- Restaurante cobra preço único de R$ 9,00 para a refeição

PRATO FARTO

Rua Miguel Couto 127, Centro

- Por R$ 6,00 o cliente pode escolher dois pedaços de carne e comer à vontade

DIET LANCHES

Rua Ramalho Ortigão 9, loja 9, Centro

- Maioria dos pratos custa R$ 9,50 ou R$ 10,00

ESCALADA LANCHONETE

Travessa do Ouvidor 9, Centro

- Preço único de R$ 10,00. Restaurante oferece média de 26 variedades por dia.

- Cliente escolhe carne, frango, peixe ou omelete e tem direito a três ou quatro complementos.

CARIO BRASA

Rua Senador Dantas 117, loja 0, Centro

- Prato feito custa R$ 10,00

- Cliente escolhe os itens, e o atendente monta a refeição na hora

BAR GRAÇA DO PORTO

Rua Silvio Montenegro 48, Saúde

- Preço do almoço a partir de R$ 6,50 (valor do prato executivo)

- Todas as sextas-feiras é servida uma feijoada que sai por R$ 9,50

RICK

Rua São José 35, lojas AZ - terminal Menezes Corte

- Refeição sai por R$ 7,80 com direito a um refresco

- Todos os dias há frango grelhado, carne grelhada e estrogonofe de frango, acompanhados de arroz, feijão, salada, batata-frita e farofa

BRASIL LEGAL

Rua sete de Setembro 174 / 176, Centro

- Refeições custam de R$ 3,50 a R$ 6,50. O valor varia de acordo com a carne escolhida pelo cliente

- Todos os pratos vêm acompanhados de arroz, feijão, farofa, batata frita e salada

BAR DO QUIM

Rua do Teatro 21, loja A

- Vários pratos custam de R$ 7,50 a R$ 10,00

- Tem frango ensopado, frango assado, linguiça calabresa, linguiça de pernil, drumete, sardinha, peixe com pirão e outros pratos saem por R$ 9,50

CANTINA DA CATEDRAL PRESBITERIANA DO RIO DE JANEIRO

Rua Silva Jardim 23, fundos (entrada pela Avenida República do Paraguai)

- Preço único de R$ 10,00

- Cliente escolhe dois pedaços de carne , e os complementos podem ser servidos à vontade. Mas pode repetir.

Sunday, March 14, 2010

Extra traz lista de restaurantes onde é possível comer bem e gastar até R$ 10

Andréa Machado - Extra

RIO - Prato executivo, coma à vontade, refeição para dois... O que não faltam são opções para quem tem que almoçar na rua todos os dias. Mas encontrar um restaurante que cobre um precinho em conta pela refeição não é tarefa tão simples numa cidade como o Rio, onde alguns estabelecimentos chegam a cobrar mais de R$ 30 pelo quilo da comida. O EXTRA percorreu diversos restaurantes do Centro do Rio e descobriu lugares onde é possível comer muito bem e gastar até R$ 10, valor que, segundo a Associação das Empresas de Refeição e Alimentação Convênio para o Trabalhador (Assert), corresponde à média do vale-refeição que as empresas distribuem a seus funcionários. (Veja aqui a lista dos restaurantes com preços convidativos)
Mais conhecido como restaurante do China, o Via Camões, no Largo de São Francisco, cobra R$ 7, e o cliente pode comer à vontade. No Bar do Quim, na Rua do Teatro, a gastronomia é típica de botequim. Pratos feitos com frango ensopado, linguiça calabresa, drumete ou sardinha saem por R$ 8, em média.
Perto da Polinter, na zona portuária, o Bar Graça do Porto é famoso por servir pratos variados por R$ 6,50. O que mais agrada é a feijoada das sextas-feiras, a R$ 9,50.
O montador de aços Weberson Ribeiro, de 30 anos, gosta de unir preço acessível à comida boa:
- Aqui é muito gostoso - testemunhou, enquanto se deliciava com uma feijoada.
No restaurante Brasil Legal, a proposta é oferecer comida barata para que o almoço não seja substituído pelo lanche: o preço varia de R$ 3,50 a R$ 6,50, de acordo com a carne escolhida.

Para ler a matéria toda clique aqui

Thursday, March 4, 2010

O NOVO PORTAL DO BOTEQUIM EM CASA

Você deve ter notado algo de diferente no novo portal do BOTEQUIM EM CASA.
Dos diversos estilos daquilo que se convencionou chamar 'boteco' ou 'botequim' escolhemos três: um bistrô, um boteco de grife e um pé sujo.
Para eles selecionamos mais de uma centena de tira-gostos, petiscos, comidinhas e belisquetes, dentre os mais pedidos nos botequins da moda da Lapa, bundas de fora de Copacabana, pés sujo da Central, bistrôs, bares e restaurantes paulistas, copos sujo mineiros, e uma infinidade de outros lugares pelo Brasil afora, distribuídos em cardápios que procuram indicar o tipo de ambiente que irão encontrar quando contratarem nossos serviços.
Isto só foi possível porque a comida popular brasileira é rica e saborosa, permitindo infinitas variações em torno de um mesmo tema, com temperos e preparos diferentes em cada região que se vá.
No entanto, devido aos custos de montagem, e tipo de equipamentos e materiais utilizados nos diversos atendimentos realizados no decorrer destes 5 anos de trabalho fomos obrigados a oferecer os cardápios mais elaborados para grupos menores de convidados em nosso ambiente mais sofisticado, e obviamente para os grupos maiores o ambiente mais em conta e com cardápio mais simples.
Assim fizemos com que nossos principais serviços ficassem focados cada vez mais num público profissionalmente bem sucedido, com hábitos e costumes elitizados, que acessa a internet cotidianamente, e que realiza através dela a maior parte das suas compras e interesses.
Isto porque, como estudiosos e especialistas do assunto, nunca nos preocupamos em demasia com os aspectos decorativos do tema, mas sim com a qualidade da comida, o que fez com que o público elege-se o nosso BOTEQUIM EM CASA como um dos melhores ambientes virtuais da comida de boteco na internet, por termos sempre como preocupação principal o resgate da comida popular brasileira enquanto tradição cultural, visando firmá-la cada vez mais entre as tantas como uma gastronomia refinada e de bom gosto.