Passavam 5 minutos das 9:00 horas quando André chegou em Santa Rosa para deixar Paulinha na casa de Mônica, sua segunda mulher.
“Sempre atrasado!” exclamou Mônica furiosa pelo atraso. Recomendações, um presente e um beijinho social na sua ex sogra, que jurou não querer vê-lo nem pintado depois da traição, e partiu.
Tomou o caminho da Ponte, acelerando pelo Rebouças a caminho da Lagoa, sem prestar atenção aos limites de velocidade, até chegar ao 'Selva de Pedra', no Leblon.
Ali deixou Gustavo, um rapazinho dos seus 12 anos, filho do primeiro casamento, sem antes ouvir:
“O quê que esse garoto está fazendo aqui? Não disse que era para levá-lo para o Andaraí? Agora vou ter de ir com o carro abarrotado de presentes e mais toda essa molecada!” falou se referindo aos filhos anteriores de João, seu atual marido, aos dela com Pedro, um peruano com quem viveu em Machu Picchu, e ao seu com ele.
Resolvida essa parte da missão, deu uma passadinha pelo Flamengo, que era para levar o presente de Aurora, sua ama de leite, a quem tratava como mãe.
Buzinas de um lado, campainha do outro com cobranças mil, quase ia levando uma multa por passar com celular ao ouvido em frente a um guardinha. Mas esse também não estava nem ai, ligado certamente nas cobranças ao telefone de alguma mulher.
“André, não esqueça que mamãe tem hora certa para comer. Sabe como ela é, um relógio quando se trata de comida” disse seu irmão mas velho, tipo o mentor da família, transmitindo a preocupação de todos.
Outro: “Cadê você? Estamos guardando seu lugar na fila da Churrascaria. Vê se não demora!” esse de Fernanda, sua atual companheira, mãe de Cynara e Cibele, filhas dos dois, uma homenagem as meninas do “Quarteto em Cy”.
A Palace fervia, gente pelo ladrão, com a fila quase dobrando a Avenida Atlântica. Quando entregou o carro ao guardador fez a recomendação: "Cuidado que peguei essa semana na concessionária, e ainda não estou com toda documentação regularizada!".
Ao entrar se deparou de cara com sua atual sogra, uma biriteira das rodas de buraco de Copa, assídua frequentadora do Caranguejo, e dos 'bunda de fora' da Barata Ribeiro. Já tinha tomado umas cinco caipivodkas de Kiwi com adoçante, que era para manter a plástica da sua dieta da terceira idade. Não podia perder o elã dos seus 63 quilos, graças as 35 correções estéticas que fez com a grana que recebeu do falecido, de quem foi corna zilhões de vezes.
“Esse é o genro mais bacana que já tive! Não fosse ele minha apêndice tinha estourado” gritou em alto e bom som, e da maneira mais estridente possível, que era para todo mundo ouvir. André era médico, um Gastroenterologista de mão cheia, com especialização nos States e o escambau, mas que tinha horror a carne. Coisas da medicina ou da modernidade, não sei.
Comeu uns dois sushis no balcão de comida chinesa, uma saladinha de rúcula com palmito, e uns tomatinhos cereja ao vinagrete para disfarçar a fome, olho no relógio. Para não reparem na sua aversão a seres vivos, deu lugar ao olho grande e arriscou num único camarão.
Pelos seus cálculos, se não saísse dali naquele exato momento não ia dar tempo de fazer a oração com a mãe, ritual que a família tinha em todas as refeições desde a infância.
Mil desculpas, beijos, beijinhos para a ‘vó’ das filhas, e um cínico “não esquece de dizer que o xale comprei em Portugal quando estive lá!” recado na Fernanda para a sogra, que nunca fez gosto daquele casamento “com a menina vendedora da Pier”.
Chave na mão, gorjeta na outra, e o carro arrancando célere na direção de Petrópolis. Tinha de chegar as 13:45, horário combinado pelo mentor Carlos com todos da família.
“Que engarrafamento filho da puta é esse!” exclamou quando viu a entrada do Rebouças cheia de carros parados. Arriscou e tomou o caminho do Aterro.
Santa decisão! “Para isso valeu o dinheiro roubado por aqueles safados nas Olimpíadas” pensou.
Tudo ia bem quando aquele bendito camarão vergê da Palace, resolveu dar o ar da sua graça, exatamente naqueles momentos finais do seu périplo materno. Tinha de ser rápido, ou ia ferrar com o estofamento da sua Hyundai zerada.
Parou no Alemão e pôs para fora tudo aquilo que o nervosismo daquela maratona tinha causado, não sem antes receber o telefonema final:
“André! Onde você está cara! Todo mundo aqui esperando e você nada! Já não aguento mais ouvir as histórias da Sofia e da Zoraide! Vê se chega rápido!!!!” uma última e decisiva decisão de Carlos, o mentor. Sofia e Zoraide eram as irmãs do meio, gêmeas solteironas que torravam o dinheiro da pensão do pai militar em viagens as mais estranhas e cheias de “sorte” – Alaska, Egito em plena ‘primavera árabe’, Síria já com o levante em andamento, e por pouco quase atingidas pelos atentados na França.
Finalmente chegou, a mãe aos prantos levantou-se da mesa para um abraço choroso. Tinham acabado de almoçar, e ele perdido o risoto do “Dias das Mães” preparado por Carmela, sua primeira namorada, vizinha de Dona Gilka, a mãe. A dor de barriga tinha atacado de novo e ele teve que parar num posto no meio da estrada para dar uma última cagada.
E foi sentado no vaso do banheiro que teve seu mais preciso pensamento resumindo aquele dia: “Quem inventou o Dia das Mães, não tem mãe!”
#BiradeOliveira
Sunday, May 14, 2017
Thursday, April 6, 2017
"Prendam suas cabras que meus bodes estão soltos"
Sou de um tempo em que se lia nos noticiários dos jornais que assédio era os caras da 'De Millus' convidarem as moças da fábrica para experimentar novos modelos de sutiã, só para ficar apalpando os seios delas.
Um tempo em que no 'Laboratório B. Braun', onde trabalhei, nas festas de fim de ano os caras da diretoria constrangiam as meninas da fábrica com passadas de mão na bunda, e estas fingiam aceitar só para irem trabalhar no escritório.
Essas e outras grosserias eram gritantes.
Uma vez levei uma colega que trabalhava na obra da Usina Nuclear, em Angra dos Reis, a delegacia pois que tinha se negado a deixar ser apalpada pelos seguranças na entrada, sendo agredida por um deles. No distrito fomos tratados com desdem, e a resposta que ouvimos foi "lá a gente não se mete, eles tem o direito de revistar!".
Assédio era sinônimo de violência, constrangimento funcional, e outros comportamentos machistas.
Hoje quando leio o noticiário fico ressabiado, já não temos mais o mesmo panorama, e o empoderamento feminino está gerando confusão na cabeça de muito homem.
Fiu fiu não vale, olhar de rabo de olho, também não. Não vale ser carioca engraçadinho com suas cantadas de cachorrinho, e músicas de carnaval consideradas 'machistas' são banidas.
Criminalizaram a galinhagem, o ambiente suruba do happy hour de fim de expediente, a indiferença pecaminosa do "quero ele para mim".
Daqui para a frente voltarão os colégios só para meninas, e só para meninos, e a Luluzinha vai fechar seu 'Clube do Bolinha'.
Fiquei perdido, e não assino embaixo do mea culpa do José Mayer, pois nossa formação masculina não foi construída em campinhos de futebol, nem em rodas de boteco, mas em casa, quando nossas mães e tias orgulhosas diziam, "prendam suas cabras que meus bodes estão soltos".
Um tempo em que no 'Laboratório B. Braun', onde trabalhei, nas festas de fim de ano os caras da diretoria constrangiam as meninas da fábrica com passadas de mão na bunda, e estas fingiam aceitar só para irem trabalhar no escritório.
Essas e outras grosserias eram gritantes.
Uma vez levei uma colega que trabalhava na obra da Usina Nuclear, em Angra dos Reis, a delegacia pois que tinha se negado a deixar ser apalpada pelos seguranças na entrada, sendo agredida por um deles. No distrito fomos tratados com desdem, e a resposta que ouvimos foi "lá a gente não se mete, eles tem o direito de revistar!".
Assédio era sinônimo de violência, constrangimento funcional, e outros comportamentos machistas.
Hoje quando leio o noticiário fico ressabiado, já não temos mais o mesmo panorama, e o empoderamento feminino está gerando confusão na cabeça de muito homem.
Fiu fiu não vale, olhar de rabo de olho, também não. Não vale ser carioca engraçadinho com suas cantadas de cachorrinho, e músicas de carnaval consideradas 'machistas' são banidas.
Criminalizaram a galinhagem, o ambiente suruba do happy hour de fim de expediente, a indiferença pecaminosa do "quero ele para mim".
Daqui para a frente voltarão os colégios só para meninas, e só para meninos, e a Luluzinha vai fechar seu 'Clube do Bolinha'.
Fiquei perdido, e não assino embaixo do mea culpa do José Mayer, pois nossa formação masculina não foi construída em campinhos de futebol, nem em rodas de boteco, mas em casa, quando nossas mães e tias orgulhosas diziam, "prendam suas cabras que meus bodes estão soltos".
Wednesday, April 5, 2017
Meu mundo digital
Minha amiga pergunta, "como está a solidão?".
Respondo ouvindo jazz, que é a minha ligação com Deus. Ouço jazz o dia inteiro quando estou em casa, sentado diante da tela do computador, trabalhando e escrevendo minhas tranqueiras, olhar ligado nos fatos.
Meu mundo é uma tela de cristal, e o facebook minha companhia para deixar a cabeça ocupada, diversão e realidade transformada em histórias.
Mais fácil assim o pensamento, que aquele monte de papel rabiscado de antigamente, quando não impresso, datilografado pelo teclado da minha velha Remington portátil.
De vez em quando levanto a bunda da cadeira e saio, faço as compras, posto as coisas que vendo para os meus clientes, e aproveito para conversar com quem quiser conversar, no ônibus, no mercado, na rua, etc. Levo uma vida sedentária regada a alimentação saudável e natural o mais que que possa.
Às vezes falo com minha outra amiga que se foi pelo whatsapp, as mesmas amenidades de quando estávamos juntos.
Enquanto essa crise não passa parei de cozinhar para fora, virei chef de mim mesmo. Não sei ficar disputando o pouco mercado que existe com gente que empreende por necessidade, prefiro a preguiça, o relaxamento, a falta de desejos que não me obriguem a avançar. Ficar na moita esperando é bem melhor!
Se isso é viver com sabedoria, é bom viver assim. A velhice tem disso, uma certa conformação com a realidade.
E enquanto vou vivendo essa vida, vou recordando. Vivi muitos amores, criei filhos, escrevi uma história cultural e profissional, que cada dia releio um pouco.
Se antes tudo virava letra de música, poesia, hoje transformo em conteúdo que abastece meu mundo digital.”
Respondo ouvindo jazz, que é a minha ligação com Deus. Ouço jazz o dia inteiro quando estou em casa, sentado diante da tela do computador, trabalhando e escrevendo minhas tranqueiras, olhar ligado nos fatos.
Meu mundo é uma tela de cristal, e o facebook minha companhia para deixar a cabeça ocupada, diversão e realidade transformada em histórias.
Mais fácil assim o pensamento, que aquele monte de papel rabiscado de antigamente, quando não impresso, datilografado pelo teclado da minha velha Remington portátil.
De vez em quando levanto a bunda da cadeira e saio, faço as compras, posto as coisas que vendo para os meus clientes, e aproveito para conversar com quem quiser conversar, no ônibus, no mercado, na rua, etc. Levo uma vida sedentária regada a alimentação saudável e natural o mais que que possa.
Às vezes falo com minha outra amiga que se foi pelo whatsapp, as mesmas amenidades de quando estávamos juntos.
Enquanto essa crise não passa parei de cozinhar para fora, virei chef de mim mesmo. Não sei ficar disputando o pouco mercado que existe com gente que empreende por necessidade, prefiro a preguiça, o relaxamento, a falta de desejos que não me obriguem a avançar. Ficar na moita esperando é bem melhor!
Se isso é viver com sabedoria, é bom viver assim. A velhice tem disso, uma certa conformação com a realidade.
E enquanto vou vivendo essa vida, vou recordando. Vivi muitos amores, criei filhos, escrevi uma história cultural e profissional, que cada dia releio um pouco.
Se antes tudo virava letra de música, poesia, hoje transformo em conteúdo que abastece meu mundo digital.”
Friday, March 10, 2017
Foi gritando que construí a masculidade
"Se precisar, grite!" este é o título do blog 'Mãe sem receita' de hoje, e justamente ontem, 'Dia da Mulher' esse era o mote da discussão no boteco que varou a madrugada, a construção do masculino e feminino da pessoa.
Lendo o post lembrei dos conselhos das mulheres da minha casa.
Garoto frágil, quase um palito, tinha estudado em colégio interno, chegando a ser molestado no meu bingulim.
Ainda lembro de minha tia me banhando com azul de metileno, e dando conselhos que mantivessem a minha masculinidade.
Até que ganhei a liberdade e pude brincar solto nas ruas, sempre mantendo ao ouvindo o que falavam as conselheiras da família.
Certo dia, numa dessas brincadeiras infantis, comecei a sentir algo estranho nas palavras e no comportamento dos garotos que me acompanhavam.
Foi quando vieram com aquele história de tirar a roupa. Pronto, senti que ia ser comido por três moleques mais velhos e mais fortes que eu.
"Dona Vera! Dona Vera!" berrei o mais alto que pude pela vizinha da casa ao lado, que acorreu ao portão desfazendo a intenção do estrupo.
Desfeita a cena saíram os garotos, cada um paro o seu lado com aquele papo de "não sabe nem brincar".
Fosse hoje, teria começado minha iniciação sexual pelo rabo, e estaria hasteando a bandeira do arco-íris como causa.
Penso que nesses casos cabe uma reflexão das mães que curtem fervorosamente o programa "Esquenta Gay". Será que o "se precisar grite!" não deveria ser ensinado também aos garotos, e não só as mulheres na sua luta contra a violência masculina?
A igualdade de gêneros padece dos ensinamentos de Dona Idea, Neia, Cema e Dulcilia, mãe e tia que me ajudaram a permanecer homem, sem nenhum outro desejo ou opção."
#BiradeOliveira
Lendo o post lembrei dos conselhos das mulheres da minha casa.
Garoto frágil, quase um palito, tinha estudado em colégio interno, chegando a ser molestado no meu bingulim.
Ainda lembro de minha tia me banhando com azul de metileno, e dando conselhos que mantivessem a minha masculinidade.
Até que ganhei a liberdade e pude brincar solto nas ruas, sempre mantendo ao ouvindo o que falavam as conselheiras da família.
Certo dia, numa dessas brincadeiras infantis, comecei a sentir algo estranho nas palavras e no comportamento dos garotos que me acompanhavam.
Foi quando vieram com aquele história de tirar a roupa. Pronto, senti que ia ser comido por três moleques mais velhos e mais fortes que eu.
"Dona Vera! Dona Vera!" berrei o mais alto que pude pela vizinha da casa ao lado, que acorreu ao portão desfazendo a intenção do estrupo.
Desfeita a cena saíram os garotos, cada um paro o seu lado com aquele papo de "não sabe nem brincar".
Fosse hoje, teria começado minha iniciação sexual pelo rabo, e estaria hasteando a bandeira do arco-íris como causa.
Penso que nesses casos cabe uma reflexão das mães que curtem fervorosamente o programa "Esquenta Gay". Será que o "se precisar grite!" não deveria ser ensinado também aos garotos, e não só as mulheres na sua luta contra a violência masculina?
A igualdade de gêneros padece dos ensinamentos de Dona Idea, Neia, Cema e Dulcilia, mãe e tia que me ajudaram a permanecer homem, sem nenhum outro desejo ou opção."
#BiradeOliveira
Wednesday, March 8, 2017
Por uma sociedade igualitária de homens e mulheres
Hoje, devido a insônia percorri o caminho até a porta do boteco, olhando a paisagem matinal, os homens de paletó e gravata sentados na direção dos automóveis que passavam, e as mulheres apressadas dirigindo os seus paradas em frente a escola ditando as últimas ordens aos filhos antes de entrar.
Com o boteco que frequento ainda fechado, entrei na padaria e pedi um pingado, enquanto passava os olhos no jornal comprado na banca em frente.
Entre as manchetes o viver das brasileiras pelo mundo. Foi quando me dei conta era o dia da mulher.
Lembrei da primeira vez que me pus ao lado das mulheres, com uma visão mais politizada, foi quando uma edição da revista "Realidade" foi censurada e recolhida das bancas. Penso que o ano era 1972.
A revista abordava o sexo, e tinha uma entrevista da Itala Nandi que aos olhos de hoje seria um verdadeiro manifesto feminista.
O noticiário me trouxe a constatação daquilo que vivia em casa, o valor da mulher e seu empoderamento, educado que fui por três tias e uma mãe libertárias e independentes.
Depois bandeei para a vida cultural, e cantei a mulher no meu livro de poesias, e no meu minivinil onde tentei transpor a realidade do lado feminino do homem.
Viria em seguida meu vinil, que dediquei as minhas filhas, "mulheres de um novo tempo" como dizia a dedicatória.
Mais recentemente, no mundo digital estive ao lado do feminino no apoio a "Marcha das Vadias", que clama pelo modo da mulher em determinar a exibição do corpo, e como consequência apoiei o movimento "Femen".
No entanto venho mantendo uma certa preocupação pela desconsideração do elemento "masculino" visto em algumas manifestações de certas lideranças "femininas", talvez por mágoas e rancores devido a anos de dominação que tem permeado manifestações e comportamentos.
Não vejo nenhum debate que considere o comportamento "masculino" como igualitário, pondo-se qualquer ideia de ser homem com ser machista, quase que subjugando o ser.
Tudo que sonhei sobre igualdade e fraternidade entre os sexos não viverei para ver, mas quero parabenizar o ser mulher pelo papel que exerce na humanidade, e na construção de uma sociedade melhor.
Embora mantendo a crítica me se deve ao ser mãe muitos dos pecados masculinos, por algum egoísmo ou excesso de zelo que esteja por trás dos erros de certos homens, quero dedicar a todas meus "PARABENS PELO DIA INTERNACIONAL DA MULHER.
Com o boteco que frequento ainda fechado, entrei na padaria e pedi um pingado, enquanto passava os olhos no jornal comprado na banca em frente.
Entre as manchetes o viver das brasileiras pelo mundo. Foi quando me dei conta era o dia da mulher.
Lembrei da primeira vez que me pus ao lado das mulheres, com uma visão mais politizada, foi quando uma edição da revista "Realidade" foi censurada e recolhida das bancas. Penso que o ano era 1972.
A revista abordava o sexo, e tinha uma entrevista da Itala Nandi que aos olhos de hoje seria um verdadeiro manifesto feminista.
O noticiário me trouxe a constatação daquilo que vivia em casa, o valor da mulher e seu empoderamento, educado que fui por três tias e uma mãe libertárias e independentes.
Depois bandeei para a vida cultural, e cantei a mulher no meu livro de poesias, e no meu minivinil onde tentei transpor a realidade do lado feminino do homem.
Viria em seguida meu vinil, que dediquei as minhas filhas, "mulheres de um novo tempo" como dizia a dedicatória.
Mais recentemente, no mundo digital estive ao lado do feminino no apoio a "Marcha das Vadias", que clama pelo modo da mulher em determinar a exibição do corpo, e como consequência apoiei o movimento "Femen".
No entanto venho mantendo uma certa preocupação pela desconsideração do elemento "masculino" visto em algumas manifestações de certas lideranças "femininas", talvez por mágoas e rancores devido a anos de dominação que tem permeado manifestações e comportamentos.
Não vejo nenhum debate que considere o comportamento "masculino" como igualitário, pondo-se qualquer ideia de ser homem com ser machista, quase que subjugando o ser.
Tudo que sonhei sobre igualdade e fraternidade entre os sexos não viverei para ver, mas quero parabenizar o ser mulher pelo papel que exerce na humanidade, e na construção de uma sociedade melhor.
Embora mantendo a crítica me se deve ao ser mãe muitos dos pecados masculinos, por algum egoísmo ou excesso de zelo que esteja por trás dos erros de certos homens, quero dedicar a todas meus "PARABENS PELO DIA INTERNACIONAL DA MULHER.
Monday, March 6, 2017
A morte sem morte da separação
Estava sentado a mesa do boteco 'Salve Simpatia' tomando minha 'Eisenbahn', quando Serginho Birinaite chegou e me fez a pergunta que eu, como um candidato a "analista de bagé" de quinta de pronto respondi.
"ESTOU ME SENTINDO COMO VIÚVO, MESMO SEM TER TIDO A MORTE EM MINHA VIDA. E A DOR DA PERDA É TÃO INTENSA COMO SE A MORTE TIVESSE HAVIDO. QUALQUER COISA, QUALQUER LEMBRANÇA DA PESSOA E DE UM PASSADO, ME TRÁS A TRISTEZA, O CHORO, A MELANCOLIA. POR QUE ISSO ACONTECE?"
- Quando você se separa de alguém por absoluta incompatibilidade, seja moral, seja existencial ligada ao espírito ou ao caráter, esse separação deve ter ocorrido dentro de um processo.
Mas quando você descobre que o outro se foi, sem lhe dar o motivo da partida, é a morte, principalmente quando esse alguém estava certo de ser a sua companhia até o fim dos seus dias.
Conheço histórias de desaparecimento de pessoas que foram ali na esquina comprar cigarro, e nunca mais voltaram, sem que tenha havido qualquer notícia de crime ou acidente que justificasse o sumiço.
Tenho pensado que os que agem assim são suicidas sociais, pessoas que se matam para um grupo ou para alguém num impulso pessoal.
E não adianta resistir a covardia do ato, suicidas são egoístas e só pensam no conforto da morte, pouco se importando com a dor de quem fica.
Um pouco de resistência a tentação de se entregar ao sofrimento lhe permitirá seguir em frente. Suas estruturas pessoais se forem sólidas - trabalho, amor pela vida, cidadania, cultura, visão de futuro, fé e Deus no coração -, construções do caráter que lhe permitam ser um justo e compartilhar seus conhecimentos e experiências com outrem.
"E OS QUE NÃO TEM ESSE COLCHÃO, TEMPOS DE ANÁLISE NAS COSTAS, NENHUMA CONVIVÊNCIA COM O FRACASSO E A SEPARAÇÃO?"
- Para estes é um pouco mais difícil a reconstrução. Mais saiba, que mesmo assim o tempo passará e daqui um tempo tudo se resumirá a uma lembrança, com um pouco de saudade, talvez.
Mas até lá tente ser forte, sentindo, mas seguindo em frente, conclui.
Claro que ele não ligou nem um pouco para a minha resposta.
Também pudera, tinha a serviço uma garrafa de 'Chivas Regal' reservada, que achou seria uma melhor conselheira.
Antes de sair lembrei do velho Flavio Gikovate quando dizia que "separação doía mais que a própria morte".
"ESTOU ME SENTINDO COMO VIÚVO, MESMO SEM TER TIDO A MORTE EM MINHA VIDA. E A DOR DA PERDA É TÃO INTENSA COMO SE A MORTE TIVESSE HAVIDO. QUALQUER COISA, QUALQUER LEMBRANÇA DA PESSOA E DE UM PASSADO, ME TRÁS A TRISTEZA, O CHORO, A MELANCOLIA. POR QUE ISSO ACONTECE?"
- Quando você se separa de alguém por absoluta incompatibilidade, seja moral, seja existencial ligada ao espírito ou ao caráter, esse separação deve ter ocorrido dentro de um processo.
Mas quando você descobre que o outro se foi, sem lhe dar o motivo da partida, é a morte, principalmente quando esse alguém estava certo de ser a sua companhia até o fim dos seus dias.
Conheço histórias de desaparecimento de pessoas que foram ali na esquina comprar cigarro, e nunca mais voltaram, sem que tenha havido qualquer notícia de crime ou acidente que justificasse o sumiço.
Tenho pensado que os que agem assim são suicidas sociais, pessoas que se matam para um grupo ou para alguém num impulso pessoal.
E não adianta resistir a covardia do ato, suicidas são egoístas e só pensam no conforto da morte, pouco se importando com a dor de quem fica.
Um pouco de resistência a tentação de se entregar ao sofrimento lhe permitirá seguir em frente. Suas estruturas pessoais se forem sólidas - trabalho, amor pela vida, cidadania, cultura, visão de futuro, fé e Deus no coração -, construções do caráter que lhe permitam ser um justo e compartilhar seus conhecimentos e experiências com outrem.
"E OS QUE NÃO TEM ESSE COLCHÃO, TEMPOS DE ANÁLISE NAS COSTAS, NENHUMA CONVIVÊNCIA COM O FRACASSO E A SEPARAÇÃO?"
- Para estes é um pouco mais difícil a reconstrução. Mais saiba, que mesmo assim o tempo passará e daqui um tempo tudo se resumirá a uma lembrança, com um pouco de saudade, talvez.
Mas até lá tente ser forte, sentindo, mas seguindo em frente, conclui.
Claro que ele não ligou nem um pouco para a minha resposta.
Também pudera, tinha a serviço uma garrafa de 'Chivas Regal' reservada, que achou seria uma melhor conselheira.
Antes de sair lembrei do velho Flavio Gikovate quando dizia que "separação doía mais que a própria morte".
Friday, February 12, 2016
MOSQUITOS, CADA VEZ MAIS INVISÍVEIS, DIMINUTOS E RESISTENTES
Era jovem e achava que podia ganhar dinheiro trabalhando muito e fazendo qualquer coisa.
Foi quando me meti a ser vendedor. Não dava para a coisa, e só me meti em roubada. Vendi cosméticos, maquina de lavar roupa a domicílio, enciclopédia, plano de cemitério parque.
Numa dessas me meti a vender aqueles aparelhinhos de comunicação, os tais pagers.
Achando que a coisa podia interessar as dedetizadoras me encaminhei a uma. Nesse plano me deparei com um louco. O cara tinha em cima da mesa um monte de vidrinhos cheios de inseto. Pesquisava a mutação genética dessas pragas urbanas, das baratinhas as formigas. Explicou-me que as baratinhas de apartamento estavam se tornando cada vez mais pequenas, e as formigas ficando cada vez mais transparentes.
Hoje vejo que tinha razão. Olho em minha volta e vejo que os mosquitos também são assim.
Meu exército para conseguir ir até as 4 da madrugada numa certa paz é impressionante, uma parafernália de objetos e químicos de dar inveja a qualquer pesquisador
De tanto inseticida que uso acho que vou morrer intoxicado. Serei enterrado pelos mosquitos num cortejo aéreo.
E não adianta vir com citronela, cravo e limão, os mosquitos daqui são cachaceiros, naturebas viciados em inseticida, cheiram de tudo, transformam em batida e ovos de boteco, e vem me picar depois. Eu bêbado de sono, eles ligadões!
Isso sem me esquecer que na cama uso cortinado, mas eles entram pelos buraquinhos do filó. Não respeitam nada, nem tela de janela.
Estou ficando paranoico.
O Blog do Billy Birão já falou sobre eles em http://politicacomovcve.blogspot.com.br/2016/02/um-exercito-de-lagartixas-e-aranhas-no.html
Foi quando me meti a ser vendedor. Não dava para a coisa, e só me meti em roubada. Vendi cosméticos, maquina de lavar roupa a domicílio, enciclopédia, plano de cemitério parque.
Numa dessas me meti a vender aqueles aparelhinhos de comunicação, os tais pagers.
Achando que a coisa podia interessar as dedetizadoras me encaminhei a uma. Nesse plano me deparei com um louco. O cara tinha em cima da mesa um monte de vidrinhos cheios de inseto. Pesquisava a mutação genética dessas pragas urbanas, das baratinhas as formigas. Explicou-me que as baratinhas de apartamento estavam se tornando cada vez mais pequenas, e as formigas ficando cada vez mais transparentes.
Hoje vejo que tinha razão. Olho em minha volta e vejo que os mosquitos também são assim.
Meu exército para conseguir ir até as 4 da madrugada numa certa paz é impressionante, uma parafernália de objetos e químicos de dar inveja a qualquer pesquisador
De tanto inseticida que uso acho que vou morrer intoxicado. Serei enterrado pelos mosquitos num cortejo aéreo.
E não adianta vir com citronela, cravo e limão, os mosquitos daqui são cachaceiros, naturebas viciados em inseticida, cheiram de tudo, transformam em batida e ovos de boteco, e vem me picar depois. Eu bêbado de sono, eles ligadões!
Isso sem me esquecer que na cama uso cortinado, mas eles entram pelos buraquinhos do filó. Não respeitam nada, nem tela de janela.
Estou ficando paranoico.
O Blog do Billy Birão já falou sobre eles em http://politicacomovcve.blogspot.com.br/2016/02/um-exercito-de-lagartixas-e-aranhas-no.html
Saturday, February 28, 2015
A BRIGA DOS FOODS TRUCKS COM OS VERDADEIROS DONOS DAS RUAS
"Food Truck" português vandalizado |
Encantamento pelo fato de que todo mundo quer abrir um bar, um restaurante com uma gastronomia diferenciada. Sedução pela facilidade de estar onde o cliente está.
Venho me interessando pelos trucks já há uns 5 anos, muito antes da idéia virar moda por aqui. Sou um adepto da comida rua, a chamada "street food", desde muito tempo e sempre que posso corro atrás de um podrão que tenha qualidade e limpeza.
Na minha opinião, o estouro dos "foods trucks" no Brasil está relacionado em muito a dois fenômenos, o ensino da gastronomia em nível superior propiciado pelo financiamento estudantil, e a facilidade das viagens ao exterior propiciada pelo dólar barato.
Com relação ao ensino superior de gastronomia, não existe lugar para colocar tanto recém formado, basta ver a quantidade de inscritos para estes "realitys show" televisivos. A profissão de "chef de cozinha", que vem sendo carregada por um certo glamour pelo marcado, é pedreira e nenhum garoto classe média quer arranjar emprego num restaurante para começar lavando prato. Todos querem começar por cima, e por cima estão os donos do negócio.
Ai só resta uma solução, montar o seu negócio. Mas ai pega, pois o preço de um bom ponto comercial está pelos olhos da cara. Os filhos de papai até se arriscam, pois ninguém quer saber do seu filho desempregado por ai.
A saída encontrada pelo mercado gastronômico então foram os "foods trucks".
No início encontraram a resistência dos donos de bares e restaurante, que não queriam vê-los estacionados em frente ao seu estabelecimento comercial fazendo concorrência. Tiveram que se abrigar nos espaços fechados sub-locados, ou nos chamados "festivais gastronômicos".
Só que o olho grande dos donos dos terrenos começou a subir, e a diária já chega em alguns lugares a R$ 2.500,00 para estacionar.
Dai antevejo uma outra encrenca, esta resultado da entrada dos "foods trucks" na novela da Globo. O fenômeno "food truck" vai se popularizar ainda mais, e irá crescer a febre dos caminhõezinhos de comida, o que fará que eles tenham de ir para a rua de vez.
Ai vão encontrar a resistência de barraqueiros, topiqueiros, donos de trailers, carrocinhas de tudo que é tipo, vendedores ambulantes e afins.
E estes como não tem capital para montar um negócio que requer por baixo, para ficar legal, cerca de R$ 350.000,00, vão chiar.
Como tem prestígio social e político, leia-se voto, pois em geral são de comunidades com bastante gente que vota no cabresto, a guerra estará declarada e muitos "foods trucks" correm o risco de serem vandalizados, virados ou até queimados, num exemplo pior do que o deste português.
Deus creia que eu esteja errado!
Thursday, February 26, 2015
AS CINZAS DOS 50 TONS DA PAIXÃO DE BOB DEVASSO
Não vi o filme, nem li o livro "50 Tons de Cinza", mas a temática me é peculiar e parece interessante.
Falam de uma história "sensível", no melhor estilo "porno chic".
Meu amigo Bob Devasso, de induvidavel raiz machista, chegou outro dia no boteco querendo levantar a discussão.
"Toda mulher gosta de apanhar" ironizou lembrando a frase famosa de Nelson Rodrigues.
Não chegaria a esse extremo, mas o sadomasoquismo presente em outras obras de sucesso, permeia as fantasias de homens e mulheres que gostam de sexo.
Na defesa da sua tese rodriguiana Bob Devasso saiu-se com uma estória.
Certa vez estava na cama de uma exuberante dama, de hábitos finos e gestos sofisticados quando ela gritou "Me bata!".
Meio que espantado e para não fazer feio deu-lhe um tapinha, tipo aqueles que se dá em bumbum de criança malcriada.
A dama permaneceu carente em seu desejo e retrucou "Bate mais!".
O pobre do Bob Devasso de mão ardida de tanto tapinha besta, sentiu que não estava agradando, e que na certa iria perder o piteu para um outro carcamano, e perguntou na sua inocência de marinheiro de primeira viagem "Está bom assim?".
Foi quando a surpresa arremeteu-o a insanidade do ato ao ouvir a resposta da bela rapariga.
"Eu quero porrrada, dessas de briga de rua de torcida organizada! " berrou a bela.
Não foi preciso dizer que o hematoma e os arranhões fizeram dele um agressor contumaz, quando ela deu queixa na delegacia.
Passado um tempo, ela retirou o processo, e ao caminharem pelo calçadão da praia se reencontraram.
Ela toda assanhada, e com um olhar brilhante cheio de desejo exclamou:
"Estou com saudade daquela nossa noite de luxúria! "
Bob Devasso, tomado de um instinto quase animal, saiu correndo numa desabalada carreira, e nunca mais dela falou.
Retomou a história para retirar as cinzas da lembrança, e esquecer dos seus cinquenta tons.
Falam de uma história "sensível", no melhor estilo "porno chic".
Meu amigo Bob Devasso, de induvidavel raiz machista, chegou outro dia no boteco querendo levantar a discussão.
"Toda mulher gosta de apanhar" ironizou lembrando a frase famosa de Nelson Rodrigues.
Não chegaria a esse extremo, mas o sadomasoquismo presente em outras obras de sucesso, permeia as fantasias de homens e mulheres que gostam de sexo.
Na defesa da sua tese rodriguiana Bob Devasso saiu-se com uma estória.
Certa vez estava na cama de uma exuberante dama, de hábitos finos e gestos sofisticados quando ela gritou "Me bata!".
Meio que espantado e para não fazer feio deu-lhe um tapinha, tipo aqueles que se dá em bumbum de criança malcriada.
A dama permaneceu carente em seu desejo e retrucou "Bate mais!".
O pobre do Bob Devasso de mão ardida de tanto tapinha besta, sentiu que não estava agradando, e que na certa iria perder o piteu para um outro carcamano, e perguntou na sua inocência de marinheiro de primeira viagem "Está bom assim?".
Foi quando a surpresa arremeteu-o a insanidade do ato ao ouvir a resposta da bela rapariga.
"Eu quero porrrada, dessas de briga de rua de torcida organizada! " berrou a bela.
Não foi preciso dizer que o hematoma e os arranhões fizeram dele um agressor contumaz, quando ela deu queixa na delegacia.
Passado um tempo, ela retirou o processo, e ao caminharem pelo calçadão da praia se reencontraram.
Ela toda assanhada, e com um olhar brilhante cheio de desejo exclamou:
"Estou com saudade daquela nossa noite de luxúria! "
Bob Devasso, tomado de um instinto quase animal, saiu correndo numa desabalada carreira, e nunca mais dela falou.
Retomou a história para retirar as cinzas da lembrança, e esquecer dos seus cinquenta tons.
Sunday, April 20, 2014
Caçadores Correm Atrás da Melhor Comida de Boteco
Pedro Landim, O Dia
Uma colher de azeite para blindar o estômago, reza a sabedoria popular, e vale o conselho pouco ortodoxo da médica Adriane Cruz, 37, para quem entra na van com destino a diversos botequins: “Segura na mão de Deus e vai!”. Outro dia, durante uma caravana de botecos, ela e um amigo resolveram puxar um samba e a turma foi de Copacabana ao Cachambi batucando no latão de maionese descolado em birosca da Ladeira dos Tabajaras. A animação impera a cada fim de semana, em veículos lotados que traçam mapa saboroso do Rio criando um dos mais divertidos programas da cidade.
No rastro do Comida di Buteco, concurso que ocupa 31 bares até o dia 11 de maio, oferecendo petiscos para a votação popular, grupos de diversas regiões visitam de quatro a seis bares no mesmo dia, um divertido pé na jaca coletivo com motorista esperando na porta do botequim.
“O pessoal da Zona Sul amplia horizontes e vem para o subúrbio ver que aqui não tem bala, só cachaça perdida”, diz a contabilista Andrea Monteiro, 38, que forma com o marido Welles uma ‘entidade’ conhecida nas redes sociais como Originais do Buteco.
E a relações públicas Renata Iannarelli, 41, lembra que é mais seguro beber entre amigos, e que o alto astral aproxima as pessoas. E azaração, rola? “O casal que se forma na caravana tem vida longa. Estou solteira e sonho conhecer um cachaceiro, quer dizer, botequeiro como eu”, revela Renata, que na sexta-feira pegou a barca rumo a Paquetá e o bar da Tia Leleta, inaugurando as caravanas ‘aquáticas’.
No mesmo grupo, o administrador de redes Marcos Bonder, criador do blog Bond Buteco, comenta: “Os botequins são ecléticos, baratos e democráticos. Histórias de vida que passaremos aos filhos”.
Para aguentar o tranco de cerca de 10 horas comendo receitas que arrepiam nutricionistas, e cedendo a tentações como aquela cachacinha, há estratégias que o leitor confere ao lado. “Nos dois primeiros bares tem que apenas beliscar. A jaca só deve chegar no quarto boteco”, ensina Renata. “Tem que beber água o tempo todo e focar no petisco concorrente, sem desvios no cardápio”, afirma Adriane.
E resume o espírito da coisa: “Para nós, é o segundo carnaval do ano. A caravana é um bloco que nos leva a lugares que de outra forma não conheceríamos”. É ligar o GPS e partir para dentro.
DICAS
CAFÉ DA MANHÃ. Não é nada aconselhável tomar o primeiro gole de cerveja em jejum. Na manhã da caravana, privilegie os sucos. Um pão na chapa é boa escolha, além de frutas variadas, porque mais tarde você só vai encontrá-las amassadas na vodca.
HIDRATAÇÃO. O ideal é que todos façam uma ‘vaquinha’ para deixar um pequeno estoque de água na van. Isopor com cervejas também é válido, mas é preciso conhecer os próprios limites e segurar o ímpeto. Calma que o próximo boteco já vai chegar.
LIDERANÇA. É preciso eleger um líder para a caravana, que já tenha experiência em bondes anteriores e cujas ordens sejam obedecidas. O ‘síndico’ tem que saber o difícil momento de bater em retirada. Mesmo que um bar seja maravilhoso, não há tempo a perder quando a ideia é conhecer muitos mais.
PLANEJAMENTO. Ligar para os bares e avisar da caravana é boa ideia, e escolher os primeiros horários do dia para os mais cheios. Meio-dia é boa hora para chegar ao primeiro. Pode-se perguntar pelos preços da casa e fazer cálculo aproximado das despesas. Assim como a van, estas podem ser pagas com depósitos prévio na conta do líder, que ficará responsável pela contabilidade. Se o esquema for cada um pagando sua conta, é melhor ter dinheiro em espécie para ganhar agilidade.
FARMÁCIA. Remédios como Engov, Neosaldina e Luftal fazem sucesso nas caravanas, assim como os ‘digestivos’ Motilium e Digesan. Se informe com um médico e monte a farmácia mais adequada a suas necessidades.
ONDE ACHAR
ADEGA PÉROLA
Rua Siqueira Campos 138, Copacabana (2255-9425). Seg a sáb, das 11h à meia-noite. Buraco Quente: pão de sacadura recheado com catupiry e picanha suína grelhada, temperada com ervas finas (R$ 20).
ANGU DO GOMES
Rua São Francisco da Prainha 3, Saúde (2233-4561). Seg a qui, das 11h às 23h. Sex, das 11h às 2h. Sáb, das 11h às 17h. Churros do Gomes: porção com três unidades de churros salgados de agrião, com recheio de costela bovina e farofa salgada, acompanha molho (R$ 15).
ANTIGAMENTE
Rua do Ouvidor 43, Centro (2507-5040). Seg a sex, das 11h30 às 22h30. Sáb, das 11h30 às 18h. Me Enrolei na sua Costela: porção com duas unidades de canudo de massa caseira recheada com costela bovina, provolone e alho-poró
(R$ 15,90).
BAIXO ARAGUAIA
Rua Araguaia 1.709, Freguesia, Jacarepaguá (3392-3760). Seg a sex, das 18h à meia-noite. Sáb, de meio-dia à 1h. Dom e feriados, de meio-dia às 23h30. Galeto Bebibebum: 250g de carne de galeto marinado na cerveja e servido com batata palha, tomate, salsa e farofa da
casa (R$ 25).
BAIXO GAGO
Rua Gago Coutinho 51, Laranjeiras (2556-0638). Seg a sáb, das 10h à meia-noite. Dom, das 10h às 18h. Arrumadinho do Baixo Gago: carne de sol fatiada com feijão verde, cebola roxa, temperos e farofa amarela, e molho especial de ervas finas (R$ 39,90).
BAR DA FRENTE
Rua Barão de Iguatemi 388, Praça da Bandeira (2502-0176). Ter a sáb, de meio-dia às 22h. Dom, de meio-dia às 16h. Porquinho de Quimono: seis unidades de massa harumaki recheada com costelinha suína defumada e requeijão de ervas, acompanhada de molho agridoce (R$ 24).
BAR DA PORTUGUESA
Rua Custódio Nunes 155, Ramos (2260-8979). Ter a qui, das 17h às 22h. Sex, das 17h às 23h. Sáb, das 11h às 18h. Dom, das 10h às 16h. Trio Ternura: três risoles nos sabores de bacalhau, siri e costela de porco (R$ 18).
BAR DO BAIANO
Rua Euclides da Rocha 546, Morro dos Cabritos/Tabajara, Copacabana (99258-5636/ 98399-8090). Ter a sáb, das 11h à meia-noite. Dom, das 11h às 22h. Delícias do Mar: siri, lula, filé de peixe, mexilhão e camarão cobertos com parmesão (R$ 25).
BAR DO CAMARÃO
Colônia de Pescadores Z-10, Rua Antônio Sales 4, Ilha do Governador (3472-3973). Qua a sex, das 17h às 23h. Sáb, das 13h às 23h. Dom, de meio-dia às 18h. Rei do Mangue: ‘caranguejos’ formados por batatas com patinhas de caranguejo à milanesa espetadas (R$ 25).
BAR DO DAVID
Ladeira Ari Barroso 66, Morro Chapéu Mangueira, Leme (7808-2200). Ter a dom, de meio-dia às 20h. Dubai Carioca: oito bolinhos de arroz com sardinha (R$ 24,90).
BAR DO MOMO
Rua General Espírito Santo Cardoso 50, Tijuca (2570-9389). Seg a sáb, das 14h às 22h. Dom e feriados, das 10h às 18h. Farol de Milha: porção de filé de lagarto recheado com linguiça, intercalado por queijo meia cura, servido com ovo estalado por cima e torradas de alho (R$ 25).
BAR DO OMAR
Rua Sara 114, Morro do Pinto, Santo Cristo (2518-3881). Ter a sex, das 11h30 às 23h. Sáb, das 11h às 23h30. Dom e feriados, das 11h Às 22h. Omaravilha: porções de picanha suína, linguiça de porco e queijo coalho com pão de alho (R$ 29).
BENDITHO BAR
Rua Baltazar Lisboa 47, Vila Isabel (2208-2346). Ter a sex, das 17h à meia-noite. Sáb, das 13h à meia-noite. Dom, das 13h à 23h. Risotinho dos Deuses: risoto de carne-seca com queijo coalho, abóbora e couve refogada (R$ 24).
BOTECO CARIOQUINHA
Avenida Gomes Freire 822, Lapa (2252-3025). Dom a qui, de meio-dia à 1h. Sex e sáb, de meio-dia às 2h. Agora é a Vez da Rosca: tradicional biscoito de polvilho com carne-seca e tempero especial da casa (R$ 24,90).
BOTECO OPUS
Rua Gonçalves Dias 80, Centro (2252-0604). Seg a sex, das 10h às 18h. Flor de Opus: mix de pernil, carne assada, calabresa, gorgonzola e parmesão (R$ 28).
BOTERO
Mercado São José das Artes. Rua das Laranjeiras 90, Laranjeiras (3235-6314). Seg, de meio-dia às 20h. Ter a sáb, de meio-dia às 23h. Dom, das 13h às 18h. Croque Meu Sinhô: versão brasileira do sanduíche francês, com mortadela, queijos e pasta de grão de bico. Porção com oito (R$ 26).
CACHAMBEER
Rua Cachambi 475, Cachambi (3597-2002). Ter a sex, das 17h à meia-noite. Sáb, de meio-dia à meia-noite. Dom e feriados, de meio-dia às 18h. Olha a Marra do Porquinho: pancetta italiana servida em cubo com alho assado no azeite e ervas, e molhos de mostarda com mel e de limão com abacaxi (R$ 36,90).
CALDO BELEZA
Rua Senador Vergueiro 238, Flamengo (2554-4841). Seg a sáb, das 17h à meia-noite. Dom, das 13h às 21h. Dois em Um: porção de pastel com recheio de pirarucu com banana da terra, acompanha vinagrete de mexilhão (R$ 35).
DA GEMA
Rua Barão de Mesquita 615, Tijuca (3549-0857). Seg a sáb, das 10h à meia-noite. Dom, das 10h às 18h. Matuto: cubos de frango com farofa de quiabo de milho flocado (R$ 25).
GALETO SAT’S
Rua Barata Ribeiro 7, Copacabana (2275-6197). Diariamente, de meio-dia às 4h. Sat’s em Campo: pirão de queijo com coco sobre cama de carne-seca desfiada, acompanham torradas (R$ 25).
GRACIOSO
Rua Sacadura Cabral 97, Centro (2263-5028). Seg a sex, das 11h à meia-noite. Du Calhau: quatro unidades de bolinho de bacalhau feito com aipim (R$ 20).
IMACULADA
Ladeira João Homem 7, Morro da Conceição, Centro (2253-3999). Seg a sáb, das 11h às 21h. Ressuscita-me: caldinho de abóbora com camarão e gengibre (R$ 18,50).
MANI E OCA
Rua Joaquim Palhares 513, Praça da Bandeira (2293-5548). Seg e feriados, de meio-dia às 18h. Ter a qui, de meio-dia às 21h. Sex e sáb, de meio-dia à 23h. Vem Ni Mim que Te Levanto: três caldos, nos sabores mocotó, ossobuco com abóbora e frutos do mar. Acompanham chips de mandioca e cachaça de tangerina (R$ 28).
NORDESTINO CARIOCA
Avenida Sargento Carlos Argemiro Camargo 49, Anil, Jacarepaguá (3412-3353). Ter a qui, de meio-dia às 21h. Sex e sáb, de meio-dia às 23h. Dom e feriados, de meio-dia às 17h. Bolão de Dois: almôndega de carne bovina recheada com queijo coalho (R$ 27).
ORIGINAL DO BRÁS
Rua Guaporé 680, Brás de Pina (3866-1313). Ter a qui, das 16h às 23h. Sex e sáb, das 14h30 às 23h30. Dom, das 13h às 17h. Agnus Dai e Seus Amigos: caftas de carne de cordeiro, carne bovina com linguiça calabresa e carne suína, acompanhadas de molhos especiais (R$ 30).
PALHINHA
Rua Humaitá 12, Humaitá (2539-5709). Diariamente, de meio-dia à meia-noite. Sabor Brazuca: porções de filé aperitivo com molho curry e ervas, drumete de frango marinado na cerveja e empanado com nozes, e ovos de codorna (R$ R$ 29,90).
PONTAPÉ BEACH
Praia da Ribeira 63, Ribeira (3495-2285). Ter a sex, das 18h à meia-noite. Sáb, de meio-dia à meia-noite. Dom, de meio-dia às 17h. Pontapé Inicial: três bolinhos de arroz à milanesa e um potinho de camarão com Catupiry (R$ 15).
SOBRAL DA SERRA
Rua Carolina Machado 1.058, Oswaldo Cruz (3390-4199). Dom a qui, de meio-dia às 16h. Sex e sáb, de meio-dia às 21h. Bacalhau um Terço: nacos de bacalhau refogado em cebola com batatas em cubinho (R$ 29).
SUPER GUANABARA
Rua Conde de Bonfim 35, Tijuca (2568-5110). Seg a sex, das 6h à meia-noite. Costelinha Brasileira: porção de costelinha suína e molho de abacaxi com hortelã (R$ 26)
TIA LELETA
Rua Doutor Lacerda 18, Ilha de Paquetá (3397-0656). Ter a dom, das 10h às 23h. Pérola da Guanabara: bolinho de siri com molho de pimenta especial (R$ 4).
VARNHAGEN
Praça Varnhagen 14, Maracanã (2254-3062). Ter a sex, das 10h às 19h. Sáb, dom e feriados, das 11h30 às 17h. Copa Cubana: copa lombo de porco, acompanhada de banana à milanesa frita (R$ 28).
Uma colher de azeite para blindar o estômago, reza a sabedoria popular, e vale o conselho pouco ortodoxo da médica Adriane Cruz, 37, para quem entra na van com destino a diversos botequins: “Segura na mão de Deus e vai!”. Outro dia, durante uma caravana de botecos, ela e um amigo resolveram puxar um samba e a turma foi de Copacabana ao Cachambi batucando no latão de maionese descolado em birosca da Ladeira dos Tabajaras. A animação impera a cada fim de semana, em veículos lotados que traçam mapa saboroso do Rio criando um dos mais divertidos programas da cidade.
No rastro do Comida di Buteco, concurso que ocupa 31 bares até o dia 11 de maio, oferecendo petiscos para a votação popular, grupos de diversas regiões visitam de quatro a seis bares no mesmo dia, um divertido pé na jaca coletivo com motorista esperando na porta do botequim.
“O pessoal da Zona Sul amplia horizontes e vem para o subúrbio ver que aqui não tem bala, só cachaça perdida”, diz a contabilista Andrea Monteiro, 38, que forma com o marido Welles uma ‘entidade’ conhecida nas redes sociais como Originais do Buteco.
E a relações públicas Renata Iannarelli, 41, lembra que é mais seguro beber entre amigos, e que o alto astral aproxima as pessoas. E azaração, rola? “O casal que se forma na caravana tem vida longa. Estou solteira e sonho conhecer um cachaceiro, quer dizer, botequeiro como eu”, revela Renata, que na sexta-feira pegou a barca rumo a Paquetá e o bar da Tia Leleta, inaugurando as caravanas ‘aquáticas’.
No mesmo grupo, o administrador de redes Marcos Bonder, criador do blog Bond Buteco, comenta: “Os botequins são ecléticos, baratos e democráticos. Histórias de vida que passaremos aos filhos”.
Para aguentar o tranco de cerca de 10 horas comendo receitas que arrepiam nutricionistas, e cedendo a tentações como aquela cachacinha, há estratégias que o leitor confere ao lado. “Nos dois primeiros bares tem que apenas beliscar. A jaca só deve chegar no quarto boteco”, ensina Renata. “Tem que beber água o tempo todo e focar no petisco concorrente, sem desvios no cardápio”, afirma Adriane.
E resume o espírito da coisa: “Para nós, é o segundo carnaval do ano. A caravana é um bloco que nos leva a lugares que de outra forma não conheceríamos”. É ligar o GPS e partir para dentro.
DICAS
CAFÉ DA MANHÃ. Não é nada aconselhável tomar o primeiro gole de cerveja em jejum. Na manhã da caravana, privilegie os sucos. Um pão na chapa é boa escolha, além de frutas variadas, porque mais tarde você só vai encontrá-las amassadas na vodca.
HIDRATAÇÃO. O ideal é que todos façam uma ‘vaquinha’ para deixar um pequeno estoque de água na van. Isopor com cervejas também é válido, mas é preciso conhecer os próprios limites e segurar o ímpeto. Calma que o próximo boteco já vai chegar.
LIDERANÇA. É preciso eleger um líder para a caravana, que já tenha experiência em bondes anteriores e cujas ordens sejam obedecidas. O ‘síndico’ tem que saber o difícil momento de bater em retirada. Mesmo que um bar seja maravilhoso, não há tempo a perder quando a ideia é conhecer muitos mais.
PLANEJAMENTO. Ligar para os bares e avisar da caravana é boa ideia, e escolher os primeiros horários do dia para os mais cheios. Meio-dia é boa hora para chegar ao primeiro. Pode-se perguntar pelos preços da casa e fazer cálculo aproximado das despesas. Assim como a van, estas podem ser pagas com depósitos prévio na conta do líder, que ficará responsável pela contabilidade. Se o esquema for cada um pagando sua conta, é melhor ter dinheiro em espécie para ganhar agilidade.
FARMÁCIA. Remédios como Engov, Neosaldina e Luftal fazem sucesso nas caravanas, assim como os ‘digestivos’ Motilium e Digesan. Se informe com um médico e monte a farmácia mais adequada a suas necessidades.
ONDE ACHAR
ADEGA PÉROLA
Rua Siqueira Campos 138, Copacabana (2255-9425). Seg a sáb, das 11h à meia-noite. Buraco Quente: pão de sacadura recheado com catupiry e picanha suína grelhada, temperada com ervas finas (R$ 20).
ANGU DO GOMES
Rua São Francisco da Prainha 3, Saúde (2233-4561). Seg a qui, das 11h às 23h. Sex, das 11h às 2h. Sáb, das 11h às 17h. Churros do Gomes: porção com três unidades de churros salgados de agrião, com recheio de costela bovina e farofa salgada, acompanha molho (R$ 15).
ANTIGAMENTE
Rua do Ouvidor 43, Centro (2507-5040). Seg a sex, das 11h30 às 22h30. Sáb, das 11h30 às 18h. Me Enrolei na sua Costela: porção com duas unidades de canudo de massa caseira recheada com costela bovina, provolone e alho-poró
(R$ 15,90).
BAIXO ARAGUAIA
Rua Araguaia 1.709, Freguesia, Jacarepaguá (3392-3760). Seg a sex, das 18h à meia-noite. Sáb, de meio-dia à 1h. Dom e feriados, de meio-dia às 23h30. Galeto Bebibebum: 250g de carne de galeto marinado na cerveja e servido com batata palha, tomate, salsa e farofa da
casa (R$ 25).
BAIXO GAGO
Rua Gago Coutinho 51, Laranjeiras (2556-0638). Seg a sáb, das 10h à meia-noite. Dom, das 10h às 18h. Arrumadinho do Baixo Gago: carne de sol fatiada com feijão verde, cebola roxa, temperos e farofa amarela, e molho especial de ervas finas (R$ 39,90).
BAR DA FRENTE
Rua Barão de Iguatemi 388, Praça da Bandeira (2502-0176). Ter a sáb, de meio-dia às 22h. Dom, de meio-dia às 16h. Porquinho de Quimono: seis unidades de massa harumaki recheada com costelinha suína defumada e requeijão de ervas, acompanhada de molho agridoce (R$ 24).
BAR DA PORTUGUESA
Rua Custódio Nunes 155, Ramos (2260-8979). Ter a qui, das 17h às 22h. Sex, das 17h às 23h. Sáb, das 11h às 18h. Dom, das 10h às 16h. Trio Ternura: três risoles nos sabores de bacalhau, siri e costela de porco (R$ 18).
BAR DO BAIANO
Rua Euclides da Rocha 546, Morro dos Cabritos/Tabajara, Copacabana (99258-5636/ 98399-8090). Ter a sáb, das 11h à meia-noite. Dom, das 11h às 22h. Delícias do Mar: siri, lula, filé de peixe, mexilhão e camarão cobertos com parmesão (R$ 25).
BAR DO CAMARÃO
Colônia de Pescadores Z-10, Rua Antônio Sales 4, Ilha do Governador (3472-3973). Qua a sex, das 17h às 23h. Sáb, das 13h às 23h. Dom, de meio-dia às 18h. Rei do Mangue: ‘caranguejos’ formados por batatas com patinhas de caranguejo à milanesa espetadas (R$ 25).
BAR DO DAVID
Ladeira Ari Barroso 66, Morro Chapéu Mangueira, Leme (7808-2200). Ter a dom, de meio-dia às 20h. Dubai Carioca: oito bolinhos de arroz com sardinha (R$ 24,90).
BAR DO MOMO
Rua General Espírito Santo Cardoso 50, Tijuca (2570-9389). Seg a sáb, das 14h às 22h. Dom e feriados, das 10h às 18h. Farol de Milha: porção de filé de lagarto recheado com linguiça, intercalado por queijo meia cura, servido com ovo estalado por cima e torradas de alho (R$ 25).
BAR DO OMAR
Rua Sara 114, Morro do Pinto, Santo Cristo (2518-3881). Ter a sex, das 11h30 às 23h. Sáb, das 11h às 23h30. Dom e feriados, das 11h Às 22h. Omaravilha: porções de picanha suína, linguiça de porco e queijo coalho com pão de alho (R$ 29).
BENDITHO BAR
Rua Baltazar Lisboa 47, Vila Isabel (2208-2346). Ter a sex, das 17h à meia-noite. Sáb, das 13h à meia-noite. Dom, das 13h à 23h. Risotinho dos Deuses: risoto de carne-seca com queijo coalho, abóbora e couve refogada (R$ 24).
BOTECO CARIOQUINHA
Avenida Gomes Freire 822, Lapa (2252-3025). Dom a qui, de meio-dia à 1h. Sex e sáb, de meio-dia às 2h. Agora é a Vez da Rosca: tradicional biscoito de polvilho com carne-seca e tempero especial da casa (R$ 24,90).
BOTECO OPUS
Rua Gonçalves Dias 80, Centro (2252-0604). Seg a sex, das 10h às 18h. Flor de Opus: mix de pernil, carne assada, calabresa, gorgonzola e parmesão (R$ 28).
BOTERO
Mercado São José das Artes. Rua das Laranjeiras 90, Laranjeiras (3235-6314). Seg, de meio-dia às 20h. Ter a sáb, de meio-dia às 23h. Dom, das 13h às 18h. Croque Meu Sinhô: versão brasileira do sanduíche francês, com mortadela, queijos e pasta de grão de bico. Porção com oito (R$ 26).
CACHAMBEER
Rua Cachambi 475, Cachambi (3597-2002). Ter a sex, das 17h à meia-noite. Sáb, de meio-dia à meia-noite. Dom e feriados, de meio-dia às 18h. Olha a Marra do Porquinho: pancetta italiana servida em cubo com alho assado no azeite e ervas, e molhos de mostarda com mel e de limão com abacaxi (R$ 36,90).
CALDO BELEZA
Rua Senador Vergueiro 238, Flamengo (2554-4841). Seg a sáb, das 17h à meia-noite. Dom, das 13h às 21h. Dois em Um: porção de pastel com recheio de pirarucu com banana da terra, acompanha vinagrete de mexilhão (R$ 35).
DA GEMA
Rua Barão de Mesquita 615, Tijuca (3549-0857). Seg a sáb, das 10h à meia-noite. Dom, das 10h às 18h. Matuto: cubos de frango com farofa de quiabo de milho flocado (R$ 25).
GALETO SAT’S
Rua Barata Ribeiro 7, Copacabana (2275-6197). Diariamente, de meio-dia às 4h. Sat’s em Campo: pirão de queijo com coco sobre cama de carne-seca desfiada, acompanham torradas (R$ 25).
GRACIOSO
Rua Sacadura Cabral 97, Centro (2263-5028). Seg a sex, das 11h à meia-noite. Du Calhau: quatro unidades de bolinho de bacalhau feito com aipim (R$ 20).
IMACULADA
Ladeira João Homem 7, Morro da Conceição, Centro (2253-3999). Seg a sáb, das 11h às 21h. Ressuscita-me: caldinho de abóbora com camarão e gengibre (R$ 18,50).
MANI E OCA
Rua Joaquim Palhares 513, Praça da Bandeira (2293-5548). Seg e feriados, de meio-dia às 18h. Ter a qui, de meio-dia às 21h. Sex e sáb, de meio-dia à 23h. Vem Ni Mim que Te Levanto: três caldos, nos sabores mocotó, ossobuco com abóbora e frutos do mar. Acompanham chips de mandioca e cachaça de tangerina (R$ 28).
NORDESTINO CARIOCA
Avenida Sargento Carlos Argemiro Camargo 49, Anil, Jacarepaguá (3412-3353). Ter a qui, de meio-dia às 21h. Sex e sáb, de meio-dia às 23h. Dom e feriados, de meio-dia às 17h. Bolão de Dois: almôndega de carne bovina recheada com queijo coalho (R$ 27).
ORIGINAL DO BRÁS
Rua Guaporé 680, Brás de Pina (3866-1313). Ter a qui, das 16h às 23h. Sex e sáb, das 14h30 às 23h30. Dom, das 13h às 17h. Agnus Dai e Seus Amigos: caftas de carne de cordeiro, carne bovina com linguiça calabresa e carne suína, acompanhadas de molhos especiais (R$ 30).
PALHINHA
Rua Humaitá 12, Humaitá (2539-5709). Diariamente, de meio-dia à meia-noite. Sabor Brazuca: porções de filé aperitivo com molho curry e ervas, drumete de frango marinado na cerveja e empanado com nozes, e ovos de codorna (R$ R$ 29,90).
PONTAPÉ BEACH
Praia da Ribeira 63, Ribeira (3495-2285). Ter a sex, das 18h à meia-noite. Sáb, de meio-dia à meia-noite. Dom, de meio-dia às 17h. Pontapé Inicial: três bolinhos de arroz à milanesa e um potinho de camarão com Catupiry (R$ 15).
SOBRAL DA SERRA
Rua Carolina Machado 1.058, Oswaldo Cruz (3390-4199). Dom a qui, de meio-dia às 16h. Sex e sáb, de meio-dia às 21h. Bacalhau um Terço: nacos de bacalhau refogado em cebola com batatas em cubinho (R$ 29).
SUPER GUANABARA
Rua Conde de Bonfim 35, Tijuca (2568-5110). Seg a sex, das 6h à meia-noite. Costelinha Brasileira: porção de costelinha suína e molho de abacaxi com hortelã (R$ 26)
TIA LELETA
Rua Doutor Lacerda 18, Ilha de Paquetá (3397-0656). Ter a dom, das 10h às 23h. Pérola da Guanabara: bolinho de siri com molho de pimenta especial (R$ 4).
VARNHAGEN
Praça Varnhagen 14, Maracanã (2254-3062). Ter a sex, das 10h às 19h. Sáb, dom e feriados, das 11h30 às 17h. Copa Cubana: copa lombo de porco, acompanhada de banana à milanesa frita (R$ 28).
Tuesday, August 27, 2013
Monday, June 24, 2013
Corruptos São os Outros
Bob Devasso tem disso.
Além de cumpridor dos compromissos com a pensão das ex-mulheres, odeia corrupção.
Sempre viveu honestamente, apesar de nunca ter tido um trabalho que pudesse chamar de seu.
Todas as suas mordomias, casas de luxo, carrões foram ganhos de maneira transparente.
Sua vida, contada em verso e prosa pelos amigos, sempre teve a figura da viúva ao seu lado.
E viúva aqui não é nenhuma mulherzinha gostosa pela qual tenha se apaixonado, e falecido em seus braços.
A santa viúva é o estado, o erário público, a mãe de todos os amigos que ajudam Bob Devasso a sobreviver.
Chamam-no às vezes de consultor, outras de lobbystas, algumas de intermediário, testa de ferro.
O seu bate todo mês na conta, em dólar ou em real, as vezes em euros ou yuan, religiosamente.
Discreto, nunca quis saber de onde vem a bufunfa. Seu negócio é receber e gastar.
Os pés nos palácios, numa repartição, nunca botou, assim como nunca atravessou a porta envidraçada de uma multinacional ou estatal.
Ou seja, de oficial só mesmo o bom nome, o qual não consta nem em cartão de visita.
Recentemente sentado a mesa de um boteco acertou mais uma "participação comissionada", que é como ele chama toda a dinheirama que recebe.
Mal sabia que o lugar estava sendo bisbilhotado por um promotor com ajuda de agentes da polícia federal.
Nesses momentos sua voz é emitida em sussurros, quase rosnando. Usa uma prótese que permite disfarçar o tom e a sonoridade do verbo no caso de qualquer gravação.
Dias se passaram e os federais armaram o flagrante. Justo numa puta greve dos bancos, e em meio a uma grave crise cambial.
Tinha caído na besteira de aceitar que a grana chegasse ao vivo, numa daquelas famosas maletas 007.
No que viu a movimentação dos homens de preto entrando boteco adentro, jogou para o alto o monte de notas de 100 e gritou:
"Quem foi que botou toda essa dinheirama no meu colo?! Sou um cara honesto, incorruptível."
Ao fim das diligências, do chamado processo legal saiu ileso.
Graças a uma lei que punia as empresas corruptoras, foi para casa viver a vida.
Era um cara honesto, de moral ilibada, e nada contra ele foi provado.
Além de cumpridor dos compromissos com a pensão das ex-mulheres, odeia corrupção.
Sempre viveu honestamente, apesar de nunca ter tido um trabalho que pudesse chamar de seu.
Todas as suas mordomias, casas de luxo, carrões foram ganhos de maneira transparente.
Sua vida, contada em verso e prosa pelos amigos, sempre teve a figura da viúva ao seu lado.
E viúva aqui não é nenhuma mulherzinha gostosa pela qual tenha se apaixonado, e falecido em seus braços.
A santa viúva é o estado, o erário público, a mãe de todos os amigos que ajudam Bob Devasso a sobreviver.
Chamam-no às vezes de consultor, outras de lobbystas, algumas de intermediário, testa de ferro.
O seu bate todo mês na conta, em dólar ou em real, as vezes em euros ou yuan, religiosamente.
Discreto, nunca quis saber de onde vem a bufunfa. Seu negócio é receber e gastar.
Os pés nos palácios, numa repartição, nunca botou, assim como nunca atravessou a porta envidraçada de uma multinacional ou estatal.
Ou seja, de oficial só mesmo o bom nome, o qual não consta nem em cartão de visita.
Recentemente sentado a mesa de um boteco acertou mais uma "participação comissionada", que é como ele chama toda a dinheirama que recebe.
Mal sabia que o lugar estava sendo bisbilhotado por um promotor com ajuda de agentes da polícia federal.
Nesses momentos sua voz é emitida em sussurros, quase rosnando. Usa uma prótese que permite disfarçar o tom e a sonoridade do verbo no caso de qualquer gravação.
Dias se passaram e os federais armaram o flagrante. Justo numa puta greve dos bancos, e em meio a uma grave crise cambial.
Tinha caído na besteira de aceitar que a grana chegasse ao vivo, numa daquelas famosas maletas 007.
No que viu a movimentação dos homens de preto entrando boteco adentro, jogou para o alto o monte de notas de 100 e gritou:
"Quem foi que botou toda essa dinheirama no meu colo?! Sou um cara honesto, incorruptível."
Ao fim das diligências, do chamado processo legal saiu ileso.
Graças a uma lei que punia as empresas corruptoras, foi para casa viver a vida.
Era um cara honesto, de moral ilibada, e nada contra ele foi provado.
Tuesday, June 18, 2013
O Dia em Que Marchei pelo Brasil
Não fui a passeata com a intenção de ser contra nada.
Queria estar no meio da rapaziada, arranjar uma namorada, beijar na
boca, sei lá o que.
Tinha marcado com Zeca Traveco num botequim ali da Cinelândia, duas da
tarde pra não perder a movimentação.
Zeca Traveco gostava da bagunça sempre de olho numa mina gostosa,
daquelas que tivessem bundão.
Não foi a toa que ganhou o apelido. Certa vez foi atrás de uma que
tinha a mesma coisa que ele, só que com a traseira recheada de silicone. Mulherengo
nato, nem prestou atenção na mão peluda e na cara com barba por fazer do
traveco.
Como sempre atrasado, me deixou ali esperando por mais de uma hora,
tomando uma gelada de olho na movimentação.
Cansado de esperar fui vendo passar as mais variadas figuras.
Tinha engraxate querendo uns trocados, punk com boca de índio,
periguete assanhada de livro na mão, vozona dependurada na bandeira do Brasil
levando o neto a tiracolo, executivo de terno e gravata estendida no pescoço,
senhoras com antigos trajes do movimento hippie, ou seja, com todo tipo de
gente tinha que dar certo, pois o Brasil estaria ali representado.
Quando Zeca Traveco chegou tomamos mais uma, paguei a conta, e
começamos a nos perguntar como seria.
Em frente ao Municipal vi umas meninas pintando o rosto, com a mesma
pintura do “fora Collor”. Foi só olhar na direção e veio uma pintando meu
rosto.
A última vez que tive o rosto pintado foi no “bloco das piranhas” lá do
bairro. Nunca mais me esqueço da namorada rindo de mim com aquela cara de
veado.
Vencido o constrangimento comecei a me sentir mais enturmado. Já não
era mais aquele careta desbundado que, além de não andar de ônibus não
descolava o traseiro da frente do computador pra ir na rua tomar um café.
Na altura do prédio da Caixa Econômica comecei a cantarolar a minha primeira
palavra de ordem. Ao meu lado, Zeca Traveco tinha começado a se dar bem com uma
mulherona, que carregava na mão a bandeira de um certo PCO. “Mãos ao alto, a
tarifa de ônibus é um assalto!” aprendi no grito alto da companheira de caminhada.
Mas não estava legal, faltava algo, faltava birita. Gritei pro Zeca: “A
gente se encontra na Candelária”, e tomei o rumo da São José em busca de um bar
aberto.
Encontrei um na estação das barcas, cheio de gente bonita e azaração.
Com aquela cara pintada e a bandeira do Brasil no ombro, caída não sei
de onde peguei moral.
A turma que estava ali tinha bateria, apito, um monte de ziriguidum, e
eu, de cara mamada sou porta bandeira e mestre sala ao mesmo tempo.
A garotada me incorporou a turba e quando dei por mim já estava em
Niterói, aos pés de Arariboia, bravo guerreiro que se postou ali depois do
quebra-quebra dos anos 60.
Como fui parar em Jurujuba não sei.
Só sei que a moça que me livrou da porrada da PM, fugindo do cheiro do
gás lacrimogêneo, gostou quando cantarolei para ela o hino da “Internacional
Socialista”, e me curou do porre com café e banho.
Saturday, April 27, 2013
Friday, March 22, 2013
Privilegiado é a mãe!
Bob Devasso ficou chocado com a entrevista que leu, em que o cara do jornal chama de privilegiado aquele que se considera classe média.
"Não sou nenhum privilegiado, muito pelo contrário, economicamente nunca estive tão na pior. Mas o capital cultural que acumulei me permite ver as coisas por um outro ponto de vista. Abomino a burrice, a mentira, a esperteza, a mediocridade, a falta de caráter, a insensatez, a preguiça, a intolerância, a covardia, o conformismo e tudo aquilo mais que me faz desacreditar num certo tipo de pessoa. Que pelo menos respeitem a minha inteligência humana antes de se apresentar como maioral."
Tudo bem que a bebida anda atingindo os seus neurônios, mas por que tanta indignação com uma simples observação sociológica.
Sujeito simples, nascido num bairro classe média de Niterói, Bob não é um cara afortunado.
Sem grana, fudido até, endividado até o pescoço por conta das pensões que tem de pagar a inúmeras ex mulheres, tem como patrimônio moral o fato de ser um cara safo.
E essa habilidade não adquiriu passando a perna em ninguém, muito pelo contrário, ajudou muita gente que hoje posa de indiferente a sua pessoa.
Estudou em boas escolas, públicas e privadas, cursou faculdade e se especializou.
Não fosse os inúmeros casamentos seria um cara abastado, com carrão do ano e coisa e tal.
Mas a putaria sempre atraiu o seu olhar, levando-o a desfechos sempre desfavoráveis nos relacionamentos amorosos.
Mas onde eu estava mesmo? Ah, sim, na dissertação sociológica que classifica Bob Devasso como privilegiado.
Bob Devasso é um sujeito classe média de carteirinha, disso não escapa e sente orgulho.
Culturalmente já passou por todas. Artes plásticas, música, teatro, literatura. Frequentou Museus, Óperas, ouviu jazz e bossa nova. Esteve na passeata dos 100.000 e namorou a musa da escola. Aprendeu a gostar da boa mesa e frequentar bons restaurantes.
E desse patrimônio cultural ele se orgulha.
Agora, privilegiado tendo conseguido tudo sozinho, sem nenhum favor sexual de mulher nenhuma (ou homem, vai lá).
Certo que as tias, a mãe o ajudaram a ser um cara antenado e inteligente. Mas foi só estímulo, nada mais, pois todas eram umas duras de dá dó.
Mas vamos deixar prá lá essa discussão. Fiquemos com a derradeira frase de Bob ao telefone:
"Privilegiado é a mãe, seu babaca!".
Saturday, January 26, 2013
Pra Gringo Entender o nosso Botequim (1)
"The food of bar
with its variations, today attends not only the" butt out "of Copacabana,
as food restaurants to pound the town center, in a varied range of
fashionable places, with anonymous public celebrity, celebrity-filled.
This menu tasting the term "suburban" is employed to honor the
gourmeteria of biroscas
and b & BS in Rio that produce botequices of the highest quality. "
Thursday, October 25, 2012
Por um dólar, até eu comia a virgem!
Bob Devasso entrou pelo boteco exultante: "Quase
levei!"
Todos se entreolharam boquiabertos querendo saber o motivo
de tamanha alegria.
Teria acertado a quina na mega-sena, ou 14 dos 15 números do
loto fácil?
Conversa vai, conversa vem, uma dose de quinado, uma de 51
depois vociferou:
"Me apaixonei pela virgem de Santa Catarina. Não aguentava mais ver aquele rostinho angelical estampado nos jornais a procura de um macho para lhe tirar a
virgindade. Então entrei na internet e dei um lance: 1 dólar!"
Justo o dólar do almoço do mês na pizzaria, que eu paguei. Mas
deixa para lá!
Bob é um canalha, e como um bom canalha e dado a canalhices,
já se sabia.
Agora, dar um lance de 1 dólar para comer a ninfetinha da
vez, essa não!
Fosse o Oscar Maroni, outro canalha, o rei da noite de
Sampa, dono do maior bordel de luxo da América Latina, vai lá!
Mas Bob não. Vivia sem um puto no bolso já que o seu tem que
entregar todo mês a justiça para pagar a pensão de alguns filhos de ex. E não
são poucos.
Oscar Maroni não! É canalha de luxo, chegado a orgias com as
melhores garotas de programa de São Paulo.
Aliás, sua declaração de que a Virgem de Santa se ofereceu a
ele por mixas 100 mil reais, além de sórdida é merecedora da reprovação de
feministas declaradas. Mixaria sim, diante do milhão e meio que a garota vai levar
para dar sua bucetinha virgem durante uma hora, para um japona maluco.
Por isso perguntei ao Bob: "Você acha que por um dólar
você ia comer aquele piteuzinho?"
Foi ai que veio o inusitado da história.
Bob tinha morado
por uns tempos em Santa Catarina e foi vizinho da menina sem saber quem era ela.
Certo dia
subiam de elevador no prédio em que moravam e ela falou: "Tio! Dá pro
senhor apertar o 5º andar?"
Tinha sido essa a única vez que se viram, o único encontro que tiveram.
Mas
bastou, ficou gravado na memória de Bob aquele sorrisinho ingênuo de
agradecimento.
Mal sabia que anos depois abrindo a internet ia se deparar
com o mesmo sorriso de Mona Lisa ilustrando a história do leilão.
"Vai que ela se lembre de mim. Vai que tenha se
apaixonado também” exclamou já meio bêbado, para filosofar depois:
“Mulher apaixonada emburrece, troca dinheiro
por qualquer jura de um canalha."
Pode ser, mas por um dólar... Sei não!
Thursday, September 20, 2012
Os Urubus Continuam Voando de Costas em Niterói
Estava aqui quietinho sentado na minha mesa do boteco quando ouvi uma porradaria lá fora.
Resolvi investigar o que era, e vi dois velhos amigos, PT e PDT, que sempre estiveram juntos em Niterói saindo no pau, brigando pelo seu quinhão.
O assunto da discussão dos dois era "política cultural", assunto em que estive metido a maior parte da minha vida.
Niterói sempre padeceu por falta de identidade.
Cidade pequena, sem tevê e rádio, e jornais sempre a serviço dos manda-chuva de plantão vive de ficar olhando o pão-de-açúcar, admirando os aviões subindo e descendo do aeroporto, sonhando em um dia voltar a tão sonhada capital de um estado.
Mas como isso não é possível resolveu optar por ser um "bairro" do Rio de Janeiro e importar tudo o que há do outro lado da poça e no resto do mundo.
Só que pelo caminho errado. Como a dinastia que há anos domina a cidade tem seus sonhos socialistas, misturou as viagens de Castro com as de Mitterrand, transformando-se na cidade com, talvez, o maior índice de intervenção estatal do Brasil.
Tem ballet, orquestra, gravadora, editora, e uma porção de equipamentos e espaços ociosos pertencentes aos estado.
Fosse Niterói São Paulo, Recife, Porto Alegre ou outra cidade com grandes recursos culturais e muito dinheiro para gastar tudo bem. Mas não é o que acontece.
A cidade tem problemas risíveis de infraestrutura, uma periferia que despenca a primeira chuva, e uma tendência a dormitório-privada que faz dela o paraíso da classe média mal resolvida do Rio.
A cidade não "fomenta", a cidade "faz". E quando faz faz mal feito, ou pela metade.
Vejamos o caso de um destes desmandos estatais, a "Niterói Discos".
Ainda há pouco visitei o site da gravadora para ver como faço para comprar os discos da rapaziada amiga e talentosa de cidade de Niterói.
Ex-agitador cultural da cidade, hoje moro na roça, a 120km de distância.
Lá não encontrei nenhum caminho que me indicasse como comprar, uma loja, ou um link para as loja de comercialização de tão excelente catálogo.
E é ai que me pergunto: será que em todos esses anos de existência não apareceu ninguém interessado em comercializar tal catálogo, ou é assim mesmo, os discos são apenas parte do acervo cultural da cidade, lançados em pequenas edições para colecionadores, experts e fãs que comparecem aos shows de lançamento?
Tenho uma página no Facebook e vi as fotos do lançamento do CD da cantora Adriana Ninsk.
Deve ser um puta CD, ela fera, com um time mais fera ainda.
Mas vou ficar no desejo, pois no site, além do disco nem constar do catálogo (nem os outros que vi sendo falados no facebook), não tem preço de nada.
Dou força a rapaziada para buscar um webmaster, ou uma dessas lojinhas virtuais "grátis" disponíveis para se organizar.
Senão, parafraseando Sergio Porto irão continuar voando para trás como os urubus.
Thursday, July 12, 2012
Concurso Roda de Boteco nos Bares de Brasília
Agência Brasília – Começa na quarta-feira 11, a 3° edição do Roda de Boteco. A competição, que vai até o dia 31 de julho, promete mais uma vez movimentar a cidade, estimulando a gastronomia de boteco e o resgate da boemia. A partir do voto do público, o concurso vai eleger o Melhor Bar, Melhor Boteco e Melhor Atendimento.
O festival é realizado pela Ecos Eventos em parceria com o Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília (Sindhobar) e o Ministério da Cultura. Conta ainda com apoio institucional do GDF, Secretaria de Turismo, Secretaria de Micro e Pequenas Empresas, Associação Brasileira da Indústria Hoteleira (ABIH), Guia BHR e DF Suíno.
Para participar, é preciso consumir o petisco elaborado por cada estabelecimento, especialmente para o evento, e solicitar a cédula de votação. O cliente deve preencher os dados pessoais e dar notas, considerando o sabor do petisco, a qualidade do atendimento, o serviço de bebidas e a higiene do local.
Ao todo, são 30 bares e botecos inscritos, com petiscos que este ano estão com valor de R$ 15. Sucesso nas cidades de Vitória (ES), Colatina (ES) e Recife (PE), o evento pretende também aumentar o movimento nos bares de Brasília ao longo do período de disputa. Na capital capixaba, onde o Roda de Boteco está em sua oitava edição, um aumento de 60% na movimentação dos bares participantes foi registrado, segundo dados do Sebrae do Espírito Santo.
Show – A festa de encerramento e premiação, o Botecão, no dia 4 de agosto, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, será marcada pelo show do sambista Diogo Nogueira, além de atrações locais. Neste ano, os organizadores prepararam ainda uma novidade: os ingressos serão trocados por notas fiscais que comprovam o consumo do petisco. No total, disponibilizados 3.500 ingressos para troca. Para ter direito à entrada, o cliente precisa solicitar a nota fiscal no final do serviço, onde poderá ser constatado o consumo do petisco do festival.
De porte da nota, o cliente se encaminha ao posto de troca, localizado no Restaurante Esquina Mineira (704/705 Norte), para trocar pelo ingresso. Cada petisco consumido vale 01 ingresso. No Botecão, serão premiados os vencedores de cada categoria. Na categoria bar e boteco, troféus para o primeiro, segundo e terceiros lugares, incluindo premiação de R$ 1 mil para o primeiro colocado.
Na categoria Melhor Atendimento, os garçons estarão concorrendo aos prêmios de R$ 1 mil para o primeiro lugar, R$ 700 para o segundo e R$ 500 para o terceiro colocado e terão ainda a chance de aumentar a quantia. Isto por que, caso o garçom vencedor tenha participado da capacitação, o SINDHOBAR irá dobrar o valor do prêmio. O treinamento, que inclui uma palestra sobre o empreendedorismo individual e um curso específico sobre o festival, será realizada no dia 9 de julho no auditório do Sebrae.
Friday, June 29, 2012
Vingança de mulher
Das sacanagens da vida a gente não esquece. Perdoa, mas não esquece.
Bob Devasso era um daqueles românticos que vivia guardando coisas velhas.
Fotos antigas, recortes de jornais, papel de bombom, guardanapo com bocas de namorada, frases de amor anotadas em pedaços de papel e todo mais aquele montão de tralhas que os babacas costumam guardar.
Cachaceiro inveterado, boêmio contumaz não queria saber de outra coisa não fosse música, poesia e azaração.
Mas sempre apaixonado.
Cada mulher que deixava era um porre, uma bacia de lágrimas secada com toalha de bar.
Certa vez, meio a perigo deixou de pagar a pensão de certa ex.
A mulher, que do trabalho fugia para não ter o que fazer, vivia atrás do coitado pedindo dinheiro.
E ele metido a malandro levava ela pro canto, dava uns beijinhos, e pronto! Botava na mão da doida uma merreca que ela carregava toda feliz.
Não, Bob Devasso não é o Cadinho da novela. Parece mais não é.
Tinha de diferente o gosto pela cachaça, pelas rodas de samba no buteco.
Mas sabe como é com mulher não se brinca.
Não é que o puto, endividado e sem emprego deixou de pagar de vez a pensão da dona encrenca!
Corria a noite tranqüila, música nova, batucando sua caixinha de fósforo sentado a mesa, acompanhado por uma loura gelada e um copo de conhaque, quando adentra pelo salão quem?
A própria, a mulher do barulho, incorporada de um verdadeiro satanás.
Trazia nas mãos uma caixa, meio pesada, e na cabeça a cobrança: "Ou me paga agora, ou fodo contigo!"
Bem que ele tentou levá-la pro canto. Mas não deu!
Argumentou o que podia, mas não tinha saída. Ela queria dinheiro!
Como quem não se importasse deu de ombros e continuou a batucar na mesa.
Diante de tamanha indiferença, eis que a pomba gira da mulher se encaminha para o banheiro com a pesada caixa nas mãos, e de lá sai estampando um sorriso de vingança nos lábios.
Não demorou muito, e o primeiro que ao reservado se dirigiu voltou com a notícia: "Bob, tua vida virou merda!"
Não é que a porra louca da mulher deitou todas as tralhas que estavam contidas na caixa no meio do mijo e cagalhão e deu descarga.
Eram as lembranças do Bob, que desde então virou devasso.
Bob Devasso era um daqueles românticos que vivia guardando coisas velhas.
Fotos antigas, recortes de jornais, papel de bombom, guardanapo com bocas de namorada, frases de amor anotadas em pedaços de papel e todo mais aquele montão de tralhas que os babacas costumam guardar.
Cachaceiro inveterado, boêmio contumaz não queria saber de outra coisa não fosse música, poesia e azaração.
Mas sempre apaixonado.
Cada mulher que deixava era um porre, uma bacia de lágrimas secada com toalha de bar.
Certa vez, meio a perigo deixou de pagar a pensão de certa ex.
A mulher, que do trabalho fugia para não ter o que fazer, vivia atrás do coitado pedindo dinheiro.
E ele metido a malandro levava ela pro canto, dava uns beijinhos, e pronto! Botava na mão da doida uma merreca que ela carregava toda feliz.
Não, Bob Devasso não é o Cadinho da novela. Parece mais não é.
Tinha de diferente o gosto pela cachaça, pelas rodas de samba no buteco.
Mas sabe como é com mulher não se brinca.
Não é que o puto, endividado e sem emprego deixou de pagar de vez a pensão da dona encrenca!
Corria a noite tranqüila, música nova, batucando sua caixinha de fósforo sentado a mesa, acompanhado por uma loura gelada e um copo de conhaque, quando adentra pelo salão quem?
A própria, a mulher do barulho, incorporada de um verdadeiro satanás.
Trazia nas mãos uma caixa, meio pesada, e na cabeça a cobrança: "Ou me paga agora, ou fodo contigo!"
Bem que ele tentou levá-la pro canto. Mas não deu!
Argumentou o que podia, mas não tinha saída. Ela queria dinheiro!
Como quem não se importasse deu de ombros e continuou a batucar na mesa.
Diante de tamanha indiferença, eis que a pomba gira da mulher se encaminha para o banheiro com a pesada caixa nas mãos, e de lá sai estampando um sorriso de vingança nos lábios.
Não demorou muito, e o primeiro que ao reservado se dirigiu voltou com a notícia: "Bob, tua vida virou merda!"
Não é que a porra louca da mulher deitou todas as tralhas que estavam contidas na caixa no meio do mijo e cagalhão e deu descarga.
Eram as lembranças do Bob, que desde então virou devasso.
Tuesday, May 29, 2012
Roda de Boteco divulga vencedores da 6ª edição
Siri na Lata, petisco do bar vencedor |
Do site do Jornal do Comércio Online
A 6ª edição do Roda de Boteco no Recife divulgou o resultado dessa verdadeira disputa saborosa, que aconteceu de 19 de abril a 20 de maio, em 28 bares e botecos do Recife, Olinda e Jaboatão. O Roda de Boteco é uma realização da Ecos Eventos e conta com patrocínio da Prefeitura do recife, por meio da Secretaria de Turismo. Confira os vencedores:
» Categoria Bar
1° lugar
Capitania Forneria e Mar, em Olinda, com o petisco Siri na Lata, feito com carne de siri gratinada com farinha panko e ervas aromáticas, servida com pipeta de pimenta e limão.
2° Lugar
CIA do Chopp, em Boa Viagem, com o petisco Cinderela Queijuda, com cebola, alho, azeite, camarão e abóbora.
3º Lugar
Guaiamundo Bar, em Casa Forte, com o petisco Achadinho de Camarão, feito com filés de camarões no molho especial com leve toque de mostarda, acompanhado de torradas de alho.
» Categoria Boteco
1º Lugar
Derbilhar Sinuca Bar, no Derby, com o petisco Aperta que ele berra, com bolinhas de bode acompanhadas de molho do pasto.
2° Lugar
Ponto do Caldinho Praia, em candeias, com o petisco Charque no Ponto, com charque desfiada, puxada na cebola, acompanha aquela farofinha de cuscuz e complementada com vinagrete.
3° Lugar
O Pescador, no Cordeiro, com o petisco Camarão na Tarrafa, feito com camarões empanados mergulhados no molho de cerveja e curry.
» Melhor Garçom
1º lugar - Fábio José da Silva, do Boteco O Pescador
2° Lugar – Ricardo Rodrigues Pinto, do Boteco Derbilhar SinucaBar
3° Lugar – Leandro Martins de Lucena, do Manauê Cozinha Regional e Bar
Thursday, May 24, 2012
Cook Boteco Service: Um Serviço Inovador
Chef de Cozinha Byra Di Oliveira |
Esse isolamento começou depois que, criador que foi do primeiro
"boteco em casa" da web há 7 anos atrás, não conseguiu reunir o
número suficiente de amigos para montar um bar localizado, embrião de uma
futura franquia.
Dessa frustrada experiência nasceu a idéia de abandonar, numa
certa medida a onda que se criou das festas com o tema boteco, para desenvolver
cardápios diferenciados, e utilizar tão somente a internet para se comunicar
com os clientes, se firmando em pouco tempo como um "personal boteco", tendo alcançado a marca de 5.000 convidados
atendidos e introduzido, definitivamente, o conceito da “comida de boteco” no
setor de alimentos e bebidas para festas e eventos.
"Meu espírito empreendedor manifestou-se aos 11 anos de idade quando, garoto pobre, montei uma barraquinha para vender fogos juninos em frente a minha casa. Dai vieram inúmeras idéias de empreendimentos, como um clube recreativo, um jornal juvenil e muitas outras pequenas realizações adolescentes.
Antes de tornar conhecido o
meu ''cook service" me graduei em Administração pela UFF, e me formei como
Cozinheiro Chefe pelo SENAC. Também freqüentei cursos e workshops com José Hugo
Celidônio, Maria Tereza Wess, e outros grandes chefs e culinaristas.
Esta minha atividade na área gastronômica se deu conjuntamente com a construção dos meus 40 anos de vida profissional em empresas públicas, nacionais e multinacionais; e com a longa passagem que tive pela vida cultural, onde produzi discos, shows e eventos institucionais, fui cantor e comunicador infantil, e ainda sou escritor adulto e infantil, e compositor letrista popular. (clique para ver a trajetória do Chef
na área cultural)
Esta minha atividade na área gastronômica se deu conjuntamente com a construção dos meus 40 anos de vida profissional em empresas públicas, nacionais e multinacionais; e com a longa passagem que tive pela vida cultural, onde produzi discos, shows e eventos institucionais, fui cantor e comunicador infantil, e ainda sou escritor adulto e infantil, e compositor letrista popular.
Com o meu BOTEQUIM EM CASA,
o mais antigo e único a trabalhar exclusivamente com este tipo de culinária
venho efetuando um resgate da chamada comida de botequim enquanto gastronomia
de bom gosto, introduzindo conceitos que aprendo na minha convivência com o
campo, onde vivo um estilo de simplicidade voluntária, longe do stress da
grande cidade, reconhecendo que o meio ambiente é fator importante na qualidade
da alimentação.
A originalidade do deste meu trabalho está na sua nova maneira de conceber o negócio de alimentos e bebidas em domicílio, que foge ao modelo de atendimento fechado dos serviços de buffet para realizar um único evento por data com a proposta de um novo padrão de preço dividido em atividades, oferecendo ao cliente a possibilidade de pagar aquilo que realmente necessita.
A originalidade do deste meu trabalho está na sua nova maneira de conceber o negócio de alimentos e bebidas em domicílio, que foge ao modelo de atendimento fechado dos serviços de buffet para realizar um único evento por data com a proposta de um novo padrão de preço dividido em atividades, oferecendo ao cliente a possibilidade de pagar aquilo que realmente necessita.
Com isso, acreditando que é
possível oferecer um serviço de qualidade superior a um preço acessível
tornamo-nos o primeiro 'butiquim virtual' a operar em residências, clubes e
condomínios como se fosse num verdadeiro bar e restaurante, com cardápios de
comida típica e uma enorme variedade de salgados, pratos, comidinhas e
petiscos, orçados pelo justo valor e qualidade do serviço."
Página do site www.seubotecoemcasa.com.br
Página do site www.seubotecoemcasa.com.br
Tuesday, May 22, 2012
A Rio Restaurant Week 2012
O Rio Restaurant Week aporta na cidade maravilhosa em sua 6ª edição. O evento, que nasceu em Nova York, ocorre entre os dias 21 de maio e 03 de junho e traz mais de 50 restaurantes cadastrados. Clientes MasterCard Black e Platinum terão a oportunidade de aproveitar exclusivamente o evento com uma semana de antecedência, entre os dias 14 e 20 de maio.
Os menus vão custar R$31,90 no almoço e R$43,90 no jantar incluindo entrada + prato principal + sobremesa. Cada restaurante vai oferecer duas opções de cada item para que o cliente escolha o de sua preferência. Bebidas, couvert e serviço não estão inclusos no valor.
As reservas poderão ser feitas online e em tempo real no site do festival gastronômico (www.restaurantweek.com.br). A ideia é uma parceria com a empresa Restorando e é válida apenas para as casas que optarem pelo serviço, para os demais, as reservas podem ser feitas diretamente nos restaurantes.
Saturday, May 19, 2012
A Feira Internacional de Produtos para Gastronomia, de Chicago, USA
A próxima já está programada |
Quem quer montar o enxoval do seu restaurante ou espaço gourmand encontra absolutamente tudo na "International Food Service Market Place" de Chicago, USA: louças, utensílios, acessórios de atendimento, móveis. Arquitetos e designers de interiores conseguem montar um restaurante completo em uma única feira, com esbanjo de bom gosto e uma variedade de tendências atendendo do simples boteco ao ambiente multiestrelado.
A National Restaurant Association (NRA) Show em Chicago ocorreu entre os dias 5 e 8 de maio. É um dos poucos lugares e eventos do mundo que reúne 58 mil profissionais de mais de 100 países a 1,8 mil expositores. A NRA reúne empresários e apresenta novos conceitos com a finalidade de desenvolver oportunidades de negócio, eficiência em termos de energia, implementação de medidas de segurança para ajudar não apenas o seu estabelecimento, mas, mais importante ainda, o meio ambiente. Como fonte de conhecimento, a NRA também tem estandes conduzidos por especialistas em educação, onde mais de 70 sessões gratuitas fornecem conhecimento sobre tópicos atuais, abrangendo áreas de interesses múltiplos que podem fazer diferença aos operadores de restaurante, aulas para demonstrar a boa cidadania corporativa, palestras sobre como lidar com seus funcionários, treinamentos e orientações a estudantes sobre sustentabilidade.
Durante o evento, os visitantes podem apreciar toda a gama de produtos disponíveis nos EUA e ver como são capazes de obter o resultado perfeito com as suas supermáquinas de preparação para todos os tipos de alimento, elevando a qualidade ou sabor do produto, demonstrando novas ideias, novas técnicas e tendências.
De fato, caminhar pelos corredores desta feira exige disposição e boa forma. Tenho a sensação de ter caminhado em cada um deles, recebendo tantas informações que, para fazer a triagem delas, exige atenção redobrada. Dos equipamentos apresentados, em minha opinião, um dos “brinquedos” top é o forno espanhol Josper que atende até 500 pessoas por dia usando apenas 15 quilos de carvão, com uma grelha inferior para carnes e outra superior para cocção em panelas de ferro fundido. Quem opera não pode sair da frente do equipamento que trabalha de porta fechada, segredo da economia de carvão e transferência do aroma para as panelas da grelha superior. Se virar as costas por tempo demais o alimento passa do ponto...
Outra maravilha é o preparador de alimentos Ribot ( nome de um famoso cavalo de corrida que tinha porte rústico e mesmo assim ganhava tudo) da Italiana Telme. Ele cozinha na temperatura, velocidade, modo de emulsão que você programa e, uma vez o alimento pronto, abate a temperatura dele em 15 minutos para 5 graus positivos, proporcionando segurança alimentar quando se trata de guardar o produto para uso posterior. Ele faz caldos, cremes, molhos, bolonhesa, ragouts, ensopados e vai até 18 graus negativos para preparar sorvetes, sorbets e outras sobremesas que apenas precisam ficar geladas no preparo e consumo.
Sonhei com a qualidade dos insumos apresentados, carnes maturadas ricamente marmorizadas, queijos do Wisconsin e outros estados que deixaram meu paladar de francês chauvinista com as papilas estremecidas, frutos dos mares do Alaska e outras águas abençoadas, mini vegetais de quase todos os tipos imagináveis, enfim, a NRA não é só para encantar profissionais, o bom gourmet não perde a viagem...
Ano que vem, tem mais ....
1º Festival do Tira Gosto em Guaratinguetá, SP
A Associação Comercial e Empresarial de Guaratinguetá, em parceria com a Secretaria de Turismo de Guaratinguetá, realiza neste final de semana, nos dias 18, 19 e 20 de maio, o 1º Festival do Tira Gosto na Praça Conselheiro Rodrigues Alves, em Guaratinguetá.
O evento irá contar com a participação de dez bares e restaurantes de nossa cidade, que levarão até a Praça três tipos de tira gostos, ao todo 30 tipos, no valor único de R$10,00 para cada prato. As bebidas também terão preço padronizado.
Além dos petiscos de boteco, também haverá atrações musicais, atrações para crianças e um ambiente agradável para toda família.
Na sexta-feira, haverá apresentação do grupo Nó na Madeira, sábado teremos a apresentação da Tenda do Samba e domingo a Banda Amigos do Lé.
“Nosso objetivo é, além de fomentar o comércio de nossa cidade, promover um final de semana agradável para as famílias e turistas que vem visitar a nossa cidade, tornar nossos restaurantes e bares conhecidos e dar a oportunidade de todos conhecerem e provarem diversos pratos de nossa culinária”, afirma a presidente da ACEG, Márcia Molina.
O evento começa dia 18 de maio, sexta-feira, das 15h às 22h e no sábado, 19 de maio, e domingo, 20 de maio, das 10h às 15h.
Além disso, sábado, dia 19, ao meio-dia, acontece na Praça Conselheiro Rodrigues Alves o sorteio da campanha do Dia das Mães – Você e Sua Mãe em Foz do Iguaçu.
Mais informações, entrar em contato com a ACEG pelos telefones 3128 2208 ou 3128 2219.
Thursday, April 26, 2012
Vassouras realiza seu IV Festival "Sabores de Botequim"
Entre os dias 04 e 13 de maio, a cidade de Vassouras, no Rio de Janeiro recebe a quarta edição do Festival Sabor de Botequim, criado para divulgar a cultura enraizada nas cidades do interior fluminense, além de valorizar a qualidade e importância dos produtos regionais. O evento oferece, além da tradicional comida de boteco, workshops de culinária e fotografia, degustação de carnes nobres e, ainda, um passeio pela cozinha internacional, da tailandesa à clássica massa italiana. Tudo isso regado a muita cerveja artesanal, cachaça e vinhos das melhores safras.
Os comensais poderão apreciar uma brasileiríssima feijoada, ao som de pandeiro e cavaco, no “Feijão de Bamba, Cachaça e Samba”, sob o comando da Chef Katia Lopes do Aconchego Carioca. Para aqueles que preferem ares mais sofisticados, uma ótima pedida é o “Ricette della Nonna”, que promete um jantar ítalo-brasileiro com Gnocchi de Baroa e Ragú de Carne Seca, preparado a quatro mãos pelos Chefs Alexsandro Roppe e Eduardo Ferreira, com direito a sommelier e tudo. Já quem gosta mesmo é da cultura regional, tem espaço garantido em “Petiscos Magníficos”, com os Chefs Frederic Mounnier e Julien Mercier, que prepararão, entre outros quitutes, Pastel de Acém Confit na Cachaça e Couve Frita e “Deliciosa Sustentabilidade”, com Chef Lucas Mendes, que utilizará produtos locais como Queijo Solidão no preparo de suas receitas como Bolinho de Arroz Piamontese e Beijo na Boca – um escondidinho com língua defumada no recheio. Opções não vão faltar!
Dezessete Chefs no total, além dos já citados, incluem ainda David Mansaud, Jan Santos, Camila Coura, Ygor Ytalo, Antônio Índio, Eduardo Ferreira e Mirka Lage, entre outros, que se revezam em doze locais na região de Vassouras: Mara Palace Hotel, Varandas, Casario Shopping, Fazenda Carvalheira, Churrascaria 393, Sputnick, Sem Comparação, Hotel Santa Amallia, Vassouras Eco Resort, Botequim Oficial, Casa de Cultura de Vassouras e Fazenda Magnífica. O objetivo é agradar a todos os paladares. Diferentes propostas em diferentes ambientes, sempre se adequando às peculiaridades dos Chefs responsáveis.
O encerramento do Festival será na Praça Barão de Campo Belo, no Centro Histórico de Vassouras, às 12h. Em comemoração ao Dia das Mães, os organizadores apostam numa festa super especial: “Mamãe vai ao Boteco”, que inclui um workshop gastronômico e uma degustação gratuita, orientados pelo Chef Marcio Moreira. Para fechar com chave-de-ouro, logo após a aula, os visitantes terão a chance de se deliciar com um prato típico de botequim, preparado na Panela Brasil, uma panela gigante capaz de fazer comida para até 1000 pessoas de uma só vez.
A programação completa do IV Festival Sabor de Botequim pode ser encontrada no endereço eletrônico www.sabordebotequim.com .
Monday, April 23, 2012
Boteco em Casa
Procurando um boteco para fazer uma festa em casa? Pois então faça com quem entende.
Aqui uma dica dos melhores serviços para a sua comemoração.
Rio de Janeiro:
BOTECO DO BYRA - ITINERANTE
Contatos: emcasa@botecodobira.com.br
Tel: (21) 4063-9883 (Barra/Zona Sul/Niterói)
BOTEQUIM INFORMAL
Contatos: informalfazafesta@botequiminformal.com.br
Tel.: (21) 7827-5957
ACADEMIA DA CACHAÇA
Contatos: festa@academiadacachaca.com.br
Tels.: (21) 2529-2680/2492-1159 (Barra/Leblon)
CHICO E ALAÍDE
Tels: (21) 2512-0028
São Paulo:
BONIFÁCIO
Contatos:
Tel.: (11) 2579-9909
Aqui uma dica dos melhores serviços para a sua comemoração.
Rio de Janeiro:
BOTECO DO BYRA - ITINERANTE
Contatos: emcasa@botecodobira.com.br
Tel: (21) 4063-9883 (Barra/Zona Sul/Niterói)
BOTEQUIM INFORMAL
Contatos: informalfazafesta@botequiminformal.com.br
Tel.: (21) 7827-5957
ACADEMIA DA CACHAÇA
Contatos: festa@academiadacachaca.com.br
Tels.: (21) 2529-2680/2492-1159 (Barra/Leblon)
CHICO E ALAÍDE
Tels: (21) 2512-0028
São Paulo:
BONIFÁCIO
Contatos:
Tel.: (11) 2579-9909
Friday, April 20, 2012
Festival Roda de Boteco agita Recife a partir desta sexta-feira
A partir desta sexta-feira (20), o Recife sedia a 6ª edição
do Roda de Boteco, o festival gastronômico com petiscos exclusivos em bares e
botecos da cidade vai premiar os melhores estabelecimentos e garçons. Vinte e
oito pontos já se cadastraram e participam do evento até 19 de maio. Este ano,
o slogan do Roda é "Mais do que um festival, um grande encontro de
amigos". Os pratos participantes do concurso custam R$ 12,90 com um
detalhe, a primeira cerveja é de graça.
Serão premiados os estabelecimentos com mais pontos nos
quesitos: tira-gosto, atendimento, temperatura da bebida e higiene. Os pontos
comerciais participantes estão sinalizados com banners, cartazes, displays de
mesa, encarte de cardápio, urna, cédulas de votação e garçons com o avental do
festival.
Na 6ª edição, o festival tem uma novidade para os
apreciadores do bom boteco. A promoção vai dar ao botequeiro um ingresso
para Festa do Botecão. É só visitar os
28 bares/botecos participantes, provar o petisco e pedir para carimbar o
passaporte. Completou, ganhou um ingresso. A festa de encerramento acontece no
dia 26 de maio, no Clube Português com shows de Arlindo Cruz, Grupo Família,
Batuk de Bamba e Só na Marosidade.
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