Se adaptados, os critérios para concessão do selo a um verdadeiro botequim ficariam assim:
1. Identidade:
Deve ter ao menos o dono ou um dos donos presentes no negócio. Nada de gerentes engravatados ou com formação acadêmica;
2. Distinção:
Deve conter um ou mais elementos de decoração que remeta ao imaginário que todos trazemos daquilo que seja um boteco - ladrilhos portugueses, expositor (vitrine), quadro de giz, imagem do santo, mesas e cadeiras palito, etc, etc.
3. Menu:
Deve ser escrito também em carioquês correto.
4. Proposta Gastronômica:
51% dos pratos devem ser tradicionalmente brasileiros, de preferência petiscos, tiragostos e belisquetes.
5. Receitas:
Pelo menos cinco receitas devem seguir a tradição gastronômica de um bar ou restaurante "pé sujo". O modo de preparo deve ser escondido, indicando-se apenas o nome do eleito com a receita, biriteiro frequentador que mais tenha pedido.
6. Bebidas:
Ao menos 20% da carta de bebidas deve ser de cachaça.
7. Banha e colorau:
Deve ser utilizado no preparo dos pratos e dito aos clientes que não contem colesterol.
8. Chef:
Deve ter certificado em baixa gastronomia ou experiência em restaurantes do gênero.
9. Valorização da cultura:
Declaração de comprometimento em difundir e valorizar a cultura e a utilização de produtos brasileiros.
10. Ingredientes:
Os produtos do boteco deverão ser declarados como saudáveis para acompanhar uma birita, fotografados e enviados para o Comitê de Avaliação.
Que tal? Só assim vamos deixar de ter lanchonete se intitulando de boteco, e restaurante da moda querendo passar por botequim.
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