Depois de um período de muito trabalho, e ausente do blog meio chateado com essa história de acessar discado, o que me tira um pouco do prazer de escrever aproveitei um tempo da produção de um novo compromisso para cozinhar em CaboFrio para visitar o FESTIVAL DO CAMARÃO DA PRAIA DO SIQUEIRA.
Fui em boa companhia. Minha amiga Teca (Terezinha Mousinho, mãe do meu amigo Manfredo "Choveu no Meu Chip" Junior), boa de copo e papo, que do alto dos seus 80 anos tem belas histórias do tempo da convivência com D. Helder Câmara na Juventude Universitária Católica (JUC), e rica passagem pelo mundo espiritualista com sua entidade e mestre tibetano Talabate.
Cabo Frio, como sabem não é mais aquela dos tempos da Brigite Bardot em Búzios. Cheia de gente, comércio esfuziante e trânsito que não fica nada a dever aos piores do mundo.
Cruza daqui, corta prali, informa acolá chegamos a Praia do Siqueira. Não foi fácil encontrar o Festival, que na sua 5ª edição contou com uma péssima sinalizalização, quase que desprezado pela Secretaria de Turismo local.
Mas valeu a pena. Bela idéia de quem a teve, mas bonita ainda pela maneira como é organizado.
Para participar todos que oferecem seus quitutes tem que ser ligados a comunidade de pescadores da Praia do Siqueira, artesãos, quituteiras e barraqueiros.
Dessa vez, como já fizeram no ano passado cada cozinheiro ou cozinheira só podia apresentar e vender até dois únicos petiscos ou comidinhas, que deviam ser diferentes uns dos outros para fazer a variedade à disposição dos gourmets.
Assim tivemos de tudo. Camarão a Dorê, Camarão Acebolado, Escondidinho de Camarão, Bobó de Camarão, Camarão ao Creme com Queijo, Crepe de Camarão, Penne com Camarão ao Molho Branco, Camarão a Milanesa, Panqueca de Camarão, Strogonoffe de Camarão, Croquete de Camarão e muito mais, todos vendidos ao preço único de R$ 7,00 a porção.
Eu em especial experimentei 5 dos acepipes a saber: Coquile de Camarão, um camarão afogado num delicioso tempeiro puxado no alho e depois acrescido a um creme catupiry com champignon, e servido com arroz branco; o tradicional Pastel de Camarão; o Bolinho de Aipim com Camarão; um Bolinho de Batata com Molho de Camarão, e o inevitável Camarão Frito ao Alho e Óleo.
Entre os pecados do Festival o de ser patrocinado por uma marca de cerveja. Neste particular creio que os festivais gastronômicos só poderiam ser patrocinados por fabricantes de farinhas, fermentos, temperos e outros ingredientes ou materiais que pudessem ser usados nas cozinhas.
Patrocínio de cerveja é sacanagem com quem gosta de comer bem.
Senti falta também dessa coisa da moda de dar nota ao petisco. Não que quisesse esculhambar com alguém. Mas quem faz bem feito merecia saber que o seu é o melhor.
E meio nessa linha resolvi eleger o Pastel de Camarão da Dª Maysa como o meu 2º preferido, e o Coquile de Camarão da Dª Cidinha como o campeão.
Semana que vem estarei lá, de novo em Cabo Frio para cozinhar.
Certamente sentirei vontade de voltar a Praia do Siqueira e experimentar os sabores do camarão que a gente boa do local sabe preparar.